Busca por crédito consignado quase dobra no primeiro trimestre, aponta estudo
Vice-presidente da Access, empresa responsável pela pesquisa, acredita que redução na taxa de juros possa ter influenciado aumento destes contratos
Por Brasil Econômico |
Os contratos de crédito consignado praticamente dobraram de volume no primeiro trimestre de 2017, de acordo com levantamento feito pela Access, empresa de gestão documental. Os números foram obtidos a partir da comparação com o mesmo período do ano passado.
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Para chegar ao resultado, a empresa tomou como base os dados de cinco bancos que atende. Nestas instituições, foram formalizados 1.156.203 contratos de crédito consignado nos três primeiros meses deste ano. No ano passado, o número havia ficado em 607.84. Segundo a Access, o volume ficou 20% acima do previsto pelos próprios bancos, que esperavam 962.000 contratos.
Estados
Na avaliação por estados, o Rio de Janeiro fica na liderança em relação ao número de contratos formalizados. Segundo o estudo, a região teve 27,8% do total, tendo R$ 481,90 como o valor médio das parcelas negociadas.
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O Estado de São Paulo aparece em segundo lugar nesta avaliação, registrando 15% dos contratos fechados no período. A parcela média na região ficou em R$ 309,80. Na terceira colocação ficou o Distrito Federal, que totalizou 7% dos contratos, sendo R$ 617,80 o valor médio das parcelas.
Além disso, o levantamento ainda apontou a quantidade média de parcelas fechadas nos contratos firmados nestes estados. No Rio de Janeiro, o número médio ficou em 60 parcelas, enquanto em São Paulo foi de 64. No Distrito Federal, a média foi mais alta, de 76 parcelas.
Estes contratos foram direcionados, em sua maior parte, para as mulheres, que registraram 61,23% dos casos. Pessoas com estado civil "casado" também foram maioria. De acordo com o estudo, elas representaram 72% das situações.
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Segundo o vice-presidente da Access na América Latina, Inon Neves, a redução nos juros foi um dos motivadores para este crescimento na busca por crédito consignado. As taxas caíram de 34,5% para 29,8% no caso de servidores públicos. Para aposentados, passou de 32% para 28,9%. Para Neves, a mudança na política do INSS, que aumentou o limite do empréstimo para 35% da renda e os aumentos dos salários no período, também contribuiu para este crescimento.