Confiança da indústria registra o maior nível desde abril de 2014, diz FGV

Com a alta de 1,1, o Índice de Confiança da Indústria avançou para 92,3 pontos em maio, maior nível desde abril de 2014, quando atingiu 97 pontos

FGV aponta estabilidade no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), com taxa de 74,7%
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FGV aponta estabilidade no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), com taxa de 74,7%

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta segunda-feira (29) um crescimento de 1,1 ponto no Índice de Confiança da Indústria (ICI) em maio. Com o resultado o indicador avançou para 92,3 pontos, maior nível desde abril de 2014, quando atingiu 97 pontos.

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“Apesar de a confiança industrial continuar avançando em maio, os resultados da Sondagem ainda indicam insatisfação do setor com o momento presente e manutenção de elevados níveis de ociosidade. As expectativas do setor são um pouco mais favoráveis. Ainda assim, combinam, no momento, uma calibragem para baixo das perspectivas para o ambiente de negócios e para o total de pessoal ocupado no setor com previsão de aceleração da produção no curto prazo”, afirmou a coordenadora da Sondagem da Indústria do Ibre/ FGV , Tabi Thuler Santos.

Expectativas

O acréscimo da confiança foi observado em oito dos 19 segmentos industriais que integram o ICI em relação às percepções sobre a situação atual. O Índice de Expectativas (IE) apresentou alta de 1,3 ponto, ao passar para 95,7 pontos – maior nível desde abril de 2014, quando marcou 96,9 pontos.

O Índice da Situação Atual (ISA) também cresceu no mês, com uma leve alta de 0,7 ponto, indo para 89 pontos.

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A melhora nas expectativas com a evolução da produção foi apontada como a responsável pelo acréscimo do IE em maio, uma vez que o indicador de produção prevista para os três meses seguintes aumentou 5,8 pontos. Passando para 99 pontos, esse foi considerado o maior nível do indicador desde março de 2014, quando atingiu 99,4 pontos.

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Um aumento na proporção de empresas que preveem uma maior produção também foi notado, indo de 32,1% para 37,7% do total. Em contrapartida, houve queda nas que preveem produção reduzida, retraindo de 22,8% para 18,4% do total.

Avaliações

Já a alta do ISA foi ocasionada pela melhora nas avaliações do setor sobre a demanda. O indicador de demanda subiu 4,7 pontos, ao passar para 87,6 pontos, maior nível desde julho de 2014, quando registrou 88,3 pontos. É importante lembrar que o resultado sucede uma queda de 1 ponto em abril, quando o indicador foi o principal influenciador negativo para o ISA.

Também houve redução da parcela de empresas que avaliam o nível de demanda como forte entre abril e maio, passando de 8,3% para 7,7% do total, além do decréscimo da parcela dos que o consideram fraco, indo de 45,7% para 31,3% do total.

Em relação ao Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), a FGV expôs a permanência da estabilidade, com taxa de 74,7% entre abril e maio, com um tímido avanço de 0,1 ponto percentual do NUCI na métrica de médias móveis trimestrais, em 74,6%.

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