Após escândalo político, mercado financeiro revê estimativa da inflação e do PIB
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo teve alta, após 11 quedas consecutivas, e ficou em 3,95%. Projeção do PIB passou de 0,50% para 0,49%
Por Brasil Econômico | (*) |
Após o escândalo de corrupção envolvendo o presidente da República, Michel Temer, o mercado financeiro reviu as previsões de importantes indicadores financeiros como a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), informou nesta segunda-feira (29) o Banco Central (BC) por meio do Boletim Focus.
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As mais de 100 instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central ajustaram para cima a projeção da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Após 11 reduções consecutivas, a perspectiva é que o indicador feche o ano em 3,95%. Na semana passada a estimativa era de 3,92%.
Mesmo com a leve alta, a perspectiva para inflação está abaixo do teto da meta estipulada pelo governo, que é de 4,5%. A projeção para o próximo ano também teve alta, ao passar de 4,34% para 4,40%.
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PIB
A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, ou seja, do PIB passou de 0,50% para 0,49%, este ano e de 2,50% para 2,48%, em 2018. O dólar, que teve um pico nas duas últimas semanas também teve a previsão de cotação alterada pelos economistas consultados pelo Banco Central. A projeção para a cotação do dólar ao final de 2017 subiu de R$ 3,23 para R$ 3,25. Para o fim de 2018, passou de R$ 3,36 para R$ 3,37.
Reunião Copom
Nesta semana os economistas também falaram sobre as expectativas em relação à taxa básica de juros, Selic. Nesta terça-feira (30) e quarta-feira (31) os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) vão se reunir para decidir sobre os juros. Os economistas projetam um corte de 1 ponto percentual na Selic.
Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano. Para o fim de 2017 e de 2018, a expectativa do mercado financeiro é que a taxa fique em 8,5% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação.
Todas as perspectivas, segundo o Banco Central, vieram influenciadas pela crise política instaurada no País após o empresário e proprietário da JBS , Joesley Batista, entregar áudios com o presidente Temer e afirmar que tanto o presidente quanto o senador afastado, Aécio Neves, recebiam propina da empresa.
*Com informações da Agência Brasil
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