Após registrar uma leve recuperação em março, a produção da indústria brasileira voltou a cair em abril. De acordo com a Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor ainda tem dificuldades para superar a "recessão econômica" enfrentada pelo país. O indicador de evolução da produção terminou o mês para 41,6 pontos.
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Em março, o indicador sobre a produção da indústria havia ficado em 54,8 pontos. Na comparação com abril do ano passado, há queda de 0,8 ponto. Os indicadores da pesquisa da CNI variam de zero a 100 pontos. Quando estão abaixo de pontos, revelam queda na comparação com o mês anterior e acima de 50, crescimento. Com a queda da produção, os nívels de emprego e de utilização da capacidade instalada também recuaram no mês passado.
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O indicador relacionado ao número de pessoas com emprego no setor ficou em 47 pontos em abril. Em março, estava em 47,5 pontos. Quando o desempenho de abril de 2016 é considerado, porém, há um crescimento. Naquela ocasião, o indicador estava em 43,3 pontos. Ao mesmo tempo, o nível de capacidade instalada também registrou queda, ficando em 63 pontos em abril. No mês anterior, o indicador estava em 65 pontos e, em abril do ano passado, em 64 pontos.
Expectativa menos otimistas
O desempenho abaixo do esperado reduziu o otimismo dos empresários. A perspectiva é de mais demissões no setor. Para maio, o indicador de expectativa sobre o número de empregados caiu de 49,1 pontos para 48,7 pontos, mantendo-se abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Ao mesmo tempo, os indicadores de expectativas para os próximos meses sobre a demanda, a quantidade exportada e a compra de matérias-primas tiveram leve recuo.
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"Sem grandes perspectivas de melhora no cenário econômico, os empresários continuam pouco dispostos a investir", diz a confederação. O índice de intenção de investimentos para os próximos seis meses na indústria ficou em 46,6 pontos. O resultado representa uma queda de 0,4 ponto na comparação com as estimativas feitas em abril. "Apesar do aumento de 7,2 pontos na comparação com o ano passado, as intenções de investir seguem baixas", afirma a pesquisa.
* Com informações da Agência Brasil.