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De acordo a FGV, a evolução da confiança não foi homogênea nas faixas de renda
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De acordo a FGV, a evolução da confiança não foi homogênea nas faixas de renda

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta quarta-feira (24) um avanço de dois pontos no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em maio. Com o aumento o indicador agora marca 84,2 pontos, acumulando alta de 11,1 pontos em 2017.

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“A evolução favorável da confiança dos consumidores em maio propiciou a recuperação de parte das perdas ocorridas no mês anterior. O resultado foi influenciado pela melhora das expectativas com relação à situação financeira das famílias e o ímpeto de compras, ambos os quesitos positivamente influenciados pela inflação mais baixa e os juros nominais em queda. O aprofundamento da crise política no país a partir do dia 17 ainda não foi detectada na pesquisa deste mês, embora o resultado da coleta de dados posterior a esta data sinalize que o aumento de incertezas no ambiente político possa motivar uma maior cautela dos consumidores nos próximos meses“, explicou a coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV , Viviane Seda Bittencourt.

Perspectivas

Também em maio, os consumidores consideraram a situação atual relativamente estável, entretanto, houve uma melhora em relação às expectativas futuras. Com isso, o Índice da Situação Atual (ISA) decresceu 0,3 ponto, ao passar para 70,5 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) registrou uma alta de 3,5 pontos, alcançando 94,6 pontos.

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No que se diz respeito à situação financeira das famílias , o indicador da situação financeira atual apresentou uma retração de 1,3 ponto, maior recuo desde dezembro do ano passado, quando o indicador caiu 4,6 pontos, indo para 64,1 pontos.

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Porém, mesmo com o nível de satisfação dos consumidores estando em baixa há dois meses, as expectativas para os próximos meses se mostraram positivas, com 95,5 pontos. O resultado foi considerado o maior nível desde outubro de 2014, quando atingiu 96,4 pontos.

Finanças familiares

Com melhores perspectivas sobre as finanças familiares, o quesito que mede o ímpeto por compras de bens duráveis se destacou no mês, exercendo a maior influência sobre o ICC, com crescimento de 7,4 pontos. Desse modo, passou para 78,5 pontos, se recuperando da queda de 7,2 pontos de abril.

De acordo com a pesquisa da FGV, a evolução da confiança não foi homogênea nas faixas de renda . Isso foi evidenciado na recuperação da confiança de famílias com renda mensal de até R$ 2.100 e acima de R$ 9.600 e nas novas perdas de famílias com renda mensal entre R$ 2.100,01 e R$ 9.600. Para os consumidores com renda familiar entre R$ 2.100 e R$ 4.800, o recuo foi consequência de uma piora na situação financeira familiar, que atingiu o menor nível neste quesito entre todas as rendas, com 40 pontos. 

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