Congresso continuará votando questões fundamentais, diz Henrique Meirelles

Segundo o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, aprovação das reformas trabalhistas e previdenciária fazem parte da agenda econômica do País

Henrique Meirelles afirma que Congresso trabalha na aprovação das reformas
Foto: Gustavo Raniere/MF - 7.4.17
Henrique Meirelles afirma que Congresso trabalha na aprovação das reformas

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Em sua primeira aparição pública após o escândalo envolvendo o presidente da República Michel Temer e executivos da JBS, Henrique Meirelles ressaltou a necessidade da aprovação para que o País continue a crescer.  “Esta é a agenda em que o Brasil está engajado e vai continuar independentemente de qualquer coisa”.

As declarações foram dadas durante sua palestra em São Paulo na manhã desta terça-feira (23) e o ministro saiu do local sem falar com a imprensa.  Segundo ele, a equipe econômica continua com a agenda intensa de encontro e reuniões com lideranças governistas e que a equipe continua empenhada na aprovação das reformas que estão em andamento no Congresso. “Estou, de fato, trabalhando dia e noite”, declarou. Para Meirelles, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar a Reforma da Previdência nas próximas semanas.

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Desde a última quarta-feira (17), quando vieram à tona denúncias sobre o suposto esquema de pagamento de propina e troca de favores com empresários do grupo JBS, no âmbito das investigações da Lava Jato , o Congresso teve atividades suspensas ou canceladas e não votou nenhuma medida. A crise gerada pelo escândalo deve atrasar um pouco mais a aprovação das reformas, que têm gerado insatisfação entre os brasileiros e fez a popularidade de Michel Temer despencar nas últimas pesquisas.

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Aposentadoria

Em sua apresentação no seminário o ministro rebateu as críticas, em especial as que foram feitas sobre a Reforma da Previdência. Ele negou que as mudanças vão beneficiar a parcela da população mais rica. “Ao contrário. Hoje, os 20% de menor renda na população não conseguem contribuir os 35 anos com carteira assinada, porque acabam recorrendo ao mercado informal. Os pobres tendem a aposentar por idade. Vão contribuir mais aqueles com renda um pouco mais elevada”, argumentou ele.

Para Henrique Meirelles, à medida que os gastos públicos diminuírem, a taxa de juros estrutural da economia deve cair. “No Brasil, ela é muito alta, sabemos disso”, disse. O Produto Interno Bruto ( PIB , soma das riquezas do país) também crescerá na avaliação do ministro da Fazenda, sendo que a projeção dele para o período de 2018 a 2027 é de alta de 3,7% caso as reformas sejam aprovadas; e de 2,3% sem aprovação das reformas trabalhista e previdenciária.

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