Prévia da inflação registrada em maio é a menor para o período desde 2000
No período o indicador foi de 0,24%. Apesar da alta, o resultado acumulado nos primeiros cinco meses ficou em 1,46%, bem abaixo dos 4,21% anterior
Por Brasil Econômico | (*) |
A prévia da inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA- 15) apresentou variação de 0,24% neste mês de maio, o que representa alta de 0,03 ponto percentual na comparação com abril, com a prévia foi de 0,21%.
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Apesar da alta, o resultado acumulado nos primeiros cinco meses do ano ficou em 1,46%, bem abaixo dos 4,21% referentes ao período de janeiro a maio de 2016. O resultado prévio da inflação é o menor para o mês de maio desde 2000, quando o indicador ficou em 0,09%. No mesmo período do ano passado o índice foi de 0,86%.
A ligeira alta de maio em relação a abril foi pressionada pelos preços dos remédios, que subiram 2,08% e causaram impacto de 0,07 ponto percentual nos 0,24% do IPCA-15 relativo ao mês. Segundo o IBGE, a pressão no preço dos remédios foi consequência do reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo de medicamento. Isto resultou numa alta de 2,96% em relação aos preços dos medicamentos em abril (alta de 0,86%); e de 2,08% em relação a maio.
Resultado por setor
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A alta nos preços dos remédios, que está inserido no grupo saúde e cuidados pessoais, fez o indicador deste grupo ter alta de 0,84% em maio; alta essa computada pelo segundo mês consecutivo. Outro setor que influenciou a alta foi o de vestuários, que apresentou elevação de 0,74% no período analisado pelo IBGE.
Os preços do grupo alimentação e bebida também registraram alta ao passar de 0,31% para 0,42%, entre abril e maio. Os itens com maior impacto no bolso do consumidor foram: batata-inglesa (16,08%), tomate, (12,09%) e cebola (9,15%).
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Em contrapartida, alguns produtos apresentaram queda nos preços ao consumidor, sendo eles: como óleo de soja com queda de 5.81%, açúcar cristal com retração de 3,03%, frutas com recuo de 2,73% e feijão-carioca com queda de 2,52%, itens estes que fecharam com deflação no período.
Quanto aos demais grupos, as variações situaram-se entre -0,40% e 0,27%, com destaque para a queda de 0,4% no grupo transportes, onde os combustíveis passaram a custar 1,12% menos do que custavam em abril. Com isso geraram o mais forte impacto negativo no IPCA-15 do mês: -0,06 ponto percentual. O IBGE chama a atenção para o preço do litro da gasolina que chegou a ficar 0,85% mais barato, com o etanol caindo ainda mais 2,48%.
IPCA-15 por região
Das 11 regiões metropolitanas e municípios pesquisados pelo IBGE, três apresentaram IPCA-15 maior que os 0,24% da taxa global, cinco, apresentaram índices menores que a taxa global; dois fecharam com deflação; e a Região Metropolitana de Porto Alegre apresentou variação igual à taxa global (0,24%).
A maior inflação foi verificada na Região Metropolitana do Recife com alta de 0,65%, resultado 0,41 ponto percentual acima da média nacional; seguido por São Paulo (0,38%); e Porto Alegre (0,27%).
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