O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (16) que as medidas realizadas pelo governo federal estão surtindo efeito e atribuiu a isso "resultados melhores na economia". Após encontro com empresários na cidade de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, o ministro afirmou que o país já apresenta sinais de retomada.
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"O Brasil já começa a reagir. Ainda vivemos os efeitos de uma recessão muito grande. Mas, apesar do desemprego ainda muito elevado, a boa notícia é que o país começou a crescer e o emprego começou a reagir", disse Henrique Meirelles. "A inflação, que até um ano atrás era próxima de 10%, agora fechou abril em 4,08%. Isso faz com que o poder de compra das pessoas aumente", acrescentou.
Durante palestra, o ministro citou dado divulgado nesta terça-feira (16) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. De acordo com o levantamento, foram criadas 59,8 mil postos de trabalho formais em abril. "O desemprego ainda está elevado, só que isso é gradual", disse. "Nós acreditamos que em dois anos vamos ter índice de desemprego se aproximando daquilo que tivemos nos últimos anos".
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Meirelles também mencionou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). Divulgado na segunda-feira (15), o indicador apontou crescimento de 1,12% da economia no primeiro trimestre de 2017.
Crescimento do PIB
De acordo com Meirelles, a previsão do governo é que no último trimestre deste ano haja crescimento de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com o mesmo período de 2016. O ministro destacou que a projeção de crescimento para a economia ao final do ano é menor, de 0,5%, mas trata-se de uma média global. "Porque saímos de uma base baixa, que é resultado da queda no ano passado. Mas, o crescimento durante o ano será elevado".
A projeção de Henrique Meirelles está um pouco acima do esperado pelo mercado. De acordo com economistas consultados pelo Banco Central para o desenvolvimento do Boletim Focus, divulgado na última semana, o PIB de 2017 deverá ficar em 0,47%. Para o ano que vem, a perspectiva se mantém estável em 2,5%.
* Com informações da Agência Brasil.