A venda da marca de cosméticos britânica The Body Shop, hoje pertencente a gigante francesa L’Oreal, movimentou o mercado. Segundo reportagem da agência de notícias Bloomberg, a Natura foi uma das escolhidas para continuar no processo de venda da empresa.
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Além da Natura, foram citadas como “preferidas” para a compra da The Body Shop as empresas de private equity CVC Capital Partners, Advent International Corp. e a Investindustrial Advisors SpA. Fontes próximas à empresa francesa informaram à agência de noticias que as negociações atualmente giram em torno de 800 milhões de euros. Em fevereiro a L’Oreal informou ter a intenção de explorar de forma estratégica e rentável a venda da marca britânica, que tem sido feita como uma espécie de leilão.
Procurada pela reportagem do Brasil Econômico, a Natura informou, por meio de sua assessoria, “que não comenta rumores de mercado”. Porém, a compra não seria tão infundada uma vez que a marca já tem experimentado o varejo físico no Brasil. Do ano passado para cá a marca de cosméticos nacional, que tem como base de negócios a venda por catálogo, abriu lojas em diversos shoppings de São Paulo. Em ações anteriores a marca abriu lojas pop-up (temporárias) em que a experimentação era a intenção e não a venda de produtos.
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Novos negócios
Nas unidades atuais, sendo oito no total, todos os produtos da marca são comercializados, sendo que a Natura escolheu shoppings de classe média alta de São Paulo para abertura deste novo canal de venda, aproximando-se assim de uma classe mais elitizada e que tem certo preconceito por produtos vendidos em catálogos. O e-commerce também já faz parte da realidade da empresa, além dos produtos da linha Soul que são comercializados em redes de farmácia.
A chegada de concorrentes de peso como O Boticário, Eudora, Jafra Cosméticos e demais players no tradicional setor de venda direta, ou porta a porta, fez a Natura sair do tradicional e apostar na maior proximidade com o consumidor.
Queda nas vendas
Enquanto a Natura reportou lucro líquido consolidado de R$ 201,8 milhões no quarto trimestre do ano passado, o que representa alta de 38,8%, a The Body Shop viu seu lucro despencar 38% para 33,8 milhões de euros em 2016. A concorrência acirrada foi a justificativa da L’Oreal para a queda nas vendas no período, além de informar que ainda não tomou uma decisão referente a venda da The Body Shop.
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