Nesta segunda-feira (24) o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) divulgaram um estudo onde foi apontado que 15% dos brasileiros em situação de inadimplência ou que estiveram nessa situação há no máximo um ano já fizeram empréstimo com financeiras que fornecem crédito a negativados.
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O quadro se agrava, de acordo com a pesquisa, entre aqueles que possuem mais de 55 anos, o que representa 23% do total dos consumidores que realizaram empréstimo. A busca por esse crédito é vista - muitas vezes - como última saída pelas pessoas para sair da situação de inadimplência .
Outro dado importante levantado pela pesquisa é que 23% dos entrevistados fizeram o empréstimo pela internet, enquanto que a maioria optou por realizar o processo pessoalmente. A distribuição de panfletos ainda é vista como um dos principais responsáveis pelo conhecimento do cliente sobre a empresa, uma vez que 27% deles chegou até elas por meio desse recurso.
A segunda forma de divulgação mais popular é a internet, com 20% e por anúncios em TV, jornais e revistas, o que representa 18%.
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Última saída
Cerca de 30% dos contratantes de crédito recorreram a essas empresas por não conseguirem crédito em outro banco, enquanto que 25% a consideram a única solução possível para quitar as dívidas.
De acordo com o SPC Brasil, apenas 55% dos entrevistados analisaram as taxas de juros cobradas e os demais detalhes a respeito de outras linhas de créditos antes de concluir a contratação. O estudo também releva que 18% das pessoas que realizaram empréstimo, o fizeram para o pagamento total das pendências atrasadas e também para comprar itens que precisava.
Em relação à facilidade e à dificuldade de conseguir o crédito, o resultado foi igual para ambos os casos, com 35%.
“Muitos consumidores acreditam que o empréstimo é o único caminho que resta para sair do endividamento e limpar o nome, porém, a pesquisa mostra que as taxas de juros podem agravar ainda mais o problema. Em alguns casos, elas chegam a ser maiores até mesmo do que aquelas cobradas pelo atraso no pagamento de outras modalidades de empréstimo como o cartão de crédito e o cheque especial”, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Informações
Apenas 60% dos atendentes informaram ao consumidor o valor dos juros cobrados. Maior parte dos esclarecimentos diz respeito ao valor total, como os juros embutidos, que foi informado para 81% dos entrevistados, e o valor máximo das prestações e as formas de pagamento, ambos com 74%.
Pagamento
Cerca de 72% dos entrevistados estão com o pagamento do empréstimo em dia, enquanto que 25% estão com as parcelas em atraso, o maior motivo é a diminuição da renda família, alegada por 44% dos que atrasaram.
A pesquisa elaborada pelo SPC Brasil e CNDL sobre inadimplência também salientou que 75% das pessoas que optaram por este tipo de crédito admitiram não ter resolvido a situação financeira. “O consumidor deve evitar a todo custo o empréstimo para negativados, sob o risco de se afundar ainda mais em dívidas impagáveis. Desfazer-se de um bem, ir em busca de trabalhos extras e rever os hábitos de consumo podem ser medidas mais eficazes, ainda que exijam certa dose de sacrifício”, avalia o educador financeiro do SPC Brasil e do Portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli.
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