Relatório da proposta referente à reforma da Previdência será apresentado na próxima terça-feira (18) pelo deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS – BA), relator do texto na comissão especial da Câmara. De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, trata-se de uma necessidade financeira e fiscal.
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No domingo (16), o presidente Michel Temer se reuniu com os ministros da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, além de Meirelles. Entre os parlamentares que participaram do encontro está o relator da reforma da Previdência , assim como o presidente da comissão, Carlos Marum (PMDB – MS).
Análise
Segundo Meirelles, as alterações elaboradas pelo deputado relator estão dentro da margem prevista pelo governo, e garantiu que todas as lideranças da base aliada estão de acordo com a aprovação da reforma.
Sobre a conclusão do texto, o ministro informou que ainda existem muitas coisas a serem definidas, mas que até terça-feira (18) estarão em totais condições de serem divulgadas. Meirelles completou ao afirmar que: “Estaremos durante todo o decorrer do dia de hoje fazendo cálculos para ter a segurança de que os números estarão dentro daqueles números que asseguram o sucesso da reforma”.
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Vale ressaltar que ainda falta fechar questões de metodologia e aspectos como modelo do regime de transição para as aposentadorias. Pontos como acúmulo de aposentadoria e pensão por morte também faltam ser concluídos.
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Sem escapatória?
Constantemente questionado sobre a reforma da Previdência, Meirelles acredita que não se trata de uma discussão de preferência ou opinião, visto que é uma necessidade matemática, financeira e fiscal. “Se o País não fizer uma reforma no devido tempo, em primeiro lugar as taxas de juros brasileiras, ao invés de cair, vão voltar a subir fortemente, vão faltar recursos para o financiamento do consumo, do investimento, o desemprego voltará a crescer e, ao mesmo tempo, teremos a inflação de volta”, afirma.
Ainda na apresentação no seminário, o ministro da Fazenda não deixou de criticar. Meirelles frisou que existem informações falsas a respeito da reforma da Previdência, como a de que se os grandes devedores pagassem o que devem, seria possível cobrir o deficit. Em sua avaliação, mais da metade da chamada dívida ativa é de companhias falidas, e as demais são cobradas seguindo os ritos judiciais.
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*Com informações da Agência Brasil