O brasileiro está pouco confiante com a economia brasileira na atualidade. Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que 81% dos consumidores acreditam que a economia está ruim ou muito ruim, contra 2% que afirmaram ver o momento como bom. Já para 16% dos participantes a situação econômica brasileira é regular.
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Entre os brasileiros que se mostraram descrentes com a economia , 53% deles afirmam que a corrupção e o mau uso do dinheiro público como causas do descontentamento. Outros 36% citam alguns dos efeitos colaterais da crise, como o desemprego (26%) e a inflação (9%), para justificar o pessimismo na atualidade.
Sobre a própria vida financeira houve diminuição dos brasileiros pessimistas. Dos entrevistados 46% avaliam as finanças pessoais como regular e 40% como negativa. Outros 14% falam em otimismo. Dos que avaliam que as finanças não estão boas, 33% deles falam que o desemprego é o que colabora para este situação.
A dificuldade de organizar e pagar as contas mensais foram mencionadas por 28% dos entrevistados e por 14% deles, a queda da renda familiar é o que influência no pessimismo quanto às finanças pessoais.
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Ainda completam o ranking, a dificuldade de honrar compromissos financeiros atrasados (9%) e a perda de controle no orçamento doméstico (7%). O levantamento revela também que 8% dos consumidores consideram alto o risco de serem demitidos. Para 21%, o risco é médio e para 34%, a possibilidade é baixa.
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“O momento econômico difícil pelo qual o país atravessa influencia negativamente a vida financeira do brasileiro, obrigando que essas pessoas façam cortes no orçamento, passando a consumir menos do que antes ou enfrentando dificuldades para honrar compromissos em dia”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Futuro
A pesquisa realizada pelas entidades apontou ainda que os consumidores, mesmo vivendo momento delicado quanto às despesas pessoais na atualidade, acreditam que no futuro a situação tende a melhorar, com 61% dos respondentes a ter essa expectativa.
Em termos percentuais, apenas 27% dos consumidores brasileiros se dizem otimistas com o futuro da economia do País contra 36% que se declaram pessimistas. A maior parte, ou seja, 47% dos otimistas, contudo, não sabe apontar as razões desse sentimento. Entre os pessimistas, mais da metade com 54% das menções cita a corrupção, a incompetência e a impunidade como a principal razão de desalento. Outros 20% mencionam o aumento do desemprego como influência negativa.
Segundo o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o reestabelecimento da confiança do consumidor sobre a economia e o futuro do País depende do cenário político. “O risco de novas instabilidades no campo político pode afetar o humor do brasileiro. Por outro lado, no campo econômico, alguns indicadores já dão sinais de uma tímida interrupção de longos meses de recessão. Se confirmadas às expectativas de que a pior fase da crise foi superada, isso poderá devolver algum ânimo aos consumidores e empresários”, disso.
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