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Nesta segunda-feira (10) a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) divulgou a eliminação de 16.352 empregos formais no mês de janeiro no setor do varejo. Embora o número seja considerável, o saldo é mais ameno para o mês, desde 2013.

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FecomercioSP avalia que embora o cenário  do varejo seja negativo, a atualidado é melhor do que o observado nos últimos anos
Agência Brasil/EBC
FecomercioSP avalia que embora o cenário do varejo seja negativo, a atualidado é melhor do que o observado nos últimos anos

De acordo com a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), a eliminação é resultado de 66.549 admissões contra 82.901 desligamentos no mês. Na comparação anual, com janeiro de 2016, houve queda de 2,1% no estoque total de trabalhadores. Já no acumulado do ano – últimos 12 meses – cerca de 43 mil empregos do varejo com carteira assinada foram eliminados.

O balanço realizado mensalmente tem como base os dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores do Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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Análise

A assessoria econômica da FecomercioSP avalia que embora o cenário seja negativo, a atualidade é melhor do que o observado nos últimos anos. “Não apenas a contratação de temporários em 2016 foi maior que em 2015, mas também a perda de vagas em janeiro de 2017 é mais amena que no mesmo mês de 2016, 2015 e 2014”. De acordo com a Federação, essa tendência dá continuidade ao cenário de recuperação do mercado de trabalho celetista do varejo paulista.

A pesquisa mensal avalia nove atividades, e entre elas apenas duas registraram alta no número total de empregos, na comparação entre janeiro de 2017 e do ano passado. Farmácias e perfumaria e supermercados tiveram crescimentos respectivos de 2,2% e 0,7%.

Já os destaques negativos vão para as categorias de concessionárias de veículos com retração de 5,8%, lojas de vestuário, tecidos e calçados, com baixa de 5,1% e as lojas de móveis e decoração com variação negativa de 4,7%.

“O que se espera daqui para a frente é um horizonte parecido com o registrado em janeiro, com perdas menores de vagas em relação a contraposição anual e saldos cada vez mais próximos da estabilidade, para que se inicie uma reação na movimentação da mão de obra formal”. Nesta perspectiva, a FecomercioSP ainda acrescenta que essa avaliação pode acontecer ainda no primeiro semestre deste ano, mas que ganhará destaque nos últimos seis meses de 2017.

Varejo paulistano

A análise no município de São Paulo também vem de retração. Segundo a pesquisa, foram eliminados 4.319 empregos formais em janeiro, consequência de 20.068 adminssões contra 24.387 desligamentos.

Quando se trata dos últimos 12 meses, houve queda de 1,7% do estoque de empregos na comparação com janeiro de 2016. Assim como o cenário paulista, apenas farmácias e perfumarias e supermercados conseguiram alta no estoque de empregos no varejo, com crescimentos respectivos de 3,5% e 0,7%. O maior deficit foi para as concessionárias de veículos, com retração de 5,5%.

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