Nesta sexta-feira (7) o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que variou 0,25% no mês de março. O resultado é o menor apresentado no primeiro trimestre desde o início do Plano Real, em 1994.
Leia também: Cerca de 32% dos consumidores fecharam março no vermelho, diz SPC Brasil
De acordo com o balanço do IBGE , houve queda em relação ao resultado obtido no mês de fevereiro, quando a taxa do IPCA era 0,33%. O resultado do mês influenciou o resultado de 0,96% do primeiro trimestre do ano. A marca é bem inferior aos 2,62% do mesmo período de 2016. Quando se compara o acumulado dos últimos 12 meses, o indicador também apresenta recuo, uma vez que passou de 4,76% para 4,57%.
Leia também: Intenção de compra do consumidor atinge menor nível desde 2002, diz Provar
Categorias
Energia elétrica foi a subcategoria que mais contribuiu para o resultado de março, que subiu 4,43% e levou o grupo habitação a atingir a variação positiva de 1,18%.
Regionalmente, em Goiânia houve reajuste de 35,03% na parcela referente à Contribuição para Iluminação Pública – CIP. De acordo com o balanço, a menor variação obtida no item energia elétrica foi na região metropolitana de Belém, com 1,53%. E a maior no Rio de Janeiro, com 6,74%.
Educação foi o item que apresentou a segunda maior variação de grupo, com taxa de 0,95%. Em fevereiro houve alta de 5,04%. Regionalmente, Fortaleza é a cidade que mais se destacou nos resultados, com a alta de 5,34%.
Você viu?
Alimentação e bebidas registrou elevação de 0,34% em março. No mês de fevereiro a variação era de queda, com 0,45%. O registro do último mês se deve às altas nos preços do leite longa vida, café moído e pão francês, que obtiveram crescimentos respectivos de 2,60%, 1,89% e 0,91%.
As baixas ficaram por conta dos alimentos do feijão-preto, feijão-carioca e o feijão-mulatinho, que apresentaram retrações de 9,11%, 5,59% e 4,50% de um mês para outro.
Serviços
Quatro dos nove grupos de produtos e serviços apontaram para recuo entre fevereiro e março. A maior baixa foi na categoria transportes, que recuou 0,86%. O motivo pelas boas notícias é a gasolina, cujo preço do litro caiu, e ficou em média, 2,21% mais barato.
A redução nas tarifas das ligações de fixo para móvel de 2,24% impulsionaram ativamente a baixa de 0,63% no setor da comunicação. Os demais grupos que tiveram baixa foram os artigos de residência e vestuário com, respectivamente 0,29% e 0,12%.
Por outro lado, os grupos que tiveram altas foram saúde e cuidados pessoais, com elevação de 0,69% e despesas pessoais, que mostrou variação de 0,52%. O que mais influenciou as altas foram respectivamente os itens plano de saúde e cigarro.
Metodologia
O balanço é baseado nos preços coletados entre 25 de fevereiro e 29 de março de 2017. O IBGE é responsável pelo IPCA desde 1980, e se refere às famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos.
Leia também: Cerca de 39% dos consumidores vão gastar menos na Páscoa, diz SPC Brasil