Confiança do setor de serviços registra maior nível desde dezembro de 2014
FGV evidencia alta de 4,4 pontos no Índice de Confiança de Serviços (ICS) no mês de março; Com o acréscimo, o indicador atingiu 85,3 pontos no mês
Por Brasil Econômico |
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta sexta-feira (31) uma alta de 4,4 pontos no Índice de Confiança de Serviços (ICS) no mês de março. Com o acréscimo, o indicador atingiu 85,3 pontos, maior nível desde dezembro de 2014. Em relação às médias móveis bimestrais, houve alta de 2,4 pontos.
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“Os indicadores de março confirmam a tendência de melhora da percepção das empresas de serviços sobre o ambiente de negócios. Mas é importante destacar que essa melhora permanece ancorada fundamentalmente nas expectativas quanto aos próximos meses. A leitura que as empresas fazem sobre a situação corrente vem sendo bem mais moderada, o que deve se traduzir numa saída muito lenta para uma fase de retomada no nível de atividade real do setor”, afirmou o consultor do Ibre/ FGV , Silvio Sales.
Outros índices
O aumento na confiança registrado neste mês foi considerado o mais expressivo desde 2009, quando o indicador subiu 4,8 pontos, abrangendo 11 das 13 principais atividades que integram a pesquisa. O Índice de Situação Atual (ISA-S) apresentou acréscimo de 0,9 ponto, indo para 74,4 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 7,9 pontos, passando para 96,4 pontos – maior nível desde março de 2014.
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Em março, o indicador de percepção com a situação atual dos negócios foi apontado como o principal contribuinte para a variação observada no ISA-S, com alta de 1,6 pontos, alcançando 75 pontos.
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Entre os indicadores que compõem o IE-S, o destaque foi a demanda prevista, com variação de 11,8 pontos, indo para 98,2 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) do setor de serviços passou para 82,2%, alta de 0,1 ponto percentual.
Ritmo de crescimento
É importante lembrar que mensalmente, empresas assinalam fatores que interferem no ritmo corrente de produção, criando assim, uma espécie “Indicador de Desconforto Setorial”. Quando apurado, o indicador apresenta um comportamento negativo vinculado ao ISA-S.
Nos últimos trimestres, o Indicador de Desconforto seguiu em alta, assim como o ISA-S. “Esse movimento recente sugere que, a despeito de continuarem reportando um contexto de dificuldades, as empresas percebem também uma recuperação, ainda que gradual, do seu ritmo de atividade”, concluiu o consultor da FGV.
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