O desemprego subiu de 17,1% em janeiro para 17,9% em fevereiro na região metropolitana de São Paulo, maior taxa registrada para o mês desde 2005. Os dados foram divulgados pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em fevereiro de 2016, a taxa era de 14,7%.
Leia também: Intenção de Consumo atinge maior pontuação desde junho de 2015
Estima-se o contingente de pessoas em situação de desemprego seja de 1,9 milhão de pessoas, 99 mil a mais do que em janeiro. Houve redução do nível de ocupação, com eliminação de 39 mil postos de trabalho, o equivalente a 0,4% de queda. A População Economicamente Ativa (PEA) registrou alta de 0,5%, com 60 mil pessoas passando a fazer parte da força de trabalho.
O número de pessoas que buscaram trabalho nos últimos 30 dias e não trabalharam nos últimos sete dias variou de 14,1% para 14,8%. A taxa que se refere às pessoas que fizeram trabalhos eventuais, não remunerados em negócios de parentes e tentaram mudar de emprego nos últimos 30 dias ou que não buscaram emprego em 30 dias, variou de 3% para 3,1%.
Você viu?
Leia também: Fazenda defende aumento de impostos para cumprir meta fiscal de 2017
Setores
Fazendo uma comparação entre setores, a indústria de transformação eliminou 42 mil postos de trabalho em fevereiro, queda de 3,2% em relação a janeiro. Nos serviços, houve retração de 0,6%, ou 32 mil postos de trabalho. No mesmo período, o comércio e o setor de reparação de veículos automotores e motocicletas apresentaram alta de 2,2%, com 38 mil postos de trabalho cada. Na construção, foi registrado aumento de 1,2%, com 7 mil postos de trabalho.
No mês de janeiro, data da última aferição do indicador, o rendimento médio real caiu 3,7% entre os ocupados e 3,9% entre os assalariados. Os salários médios foram de R$ 1.974 para os ocupados e R$ 2.032 para os assalariados da Grande São Paulo.
Leia também: Amazon responde Doria e doará Kindles à instituições de São Paulo
Diferente do crescimento observado na taxa de desemprego, o crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) teve taxa de juros para pessoas físicas foi reduzida em 1,3 ponto percentual para 9,1% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 1,6 ponto percentual para 10,9% ao ano. A inadimplência das famílias subiu 0,2 ponto percentual para 2% e das empresas aumentou 0,1 ponto percentual para 1,9%.