Governo reduz pela metade projeção de crescimento da economia em 2017
Ministério da Fazenda apresentou nova projeção do PIB, passando de 1% para 0,5%; estimativa para o quarto trimeste é de crescimento de 2,5%
Por Brasil Econômico | * |
Leia também: Prévia da inflação oficial tem menor taxa desde 2009, informou o IBGE
Leia também: Número de empresas inadimplentes no País bate recorde ao atingir 4,9 milhões
O número representa uma melhoria em relação ao que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, havia declarado anteriormente. Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíca, Meirelles informou que, entre outubro e dezembro, o PIB teria expansão de 2% em relação a 2016. Já no início deste mês, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o ministro disse que o último trimestre do ano teria alta de 2,4%.
Você viu?
"O importante é a comparação trimestral [em relação ao mesmo período do ano anterior]. É esse número que dá a sensação térmica da economia", explicou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk. Ele não informou o impacto da revisão do PIB sobre o Orçamento em 2017.
Inflação em queda
A prévia para a inflação também foi apresentada nesta quarta-feira (22). Segundo projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços deverão subir, em média, 4,3% este ano. A estimativa anterior do governo era de 4,7%. Para 2018, a estimativa é de inflação de 4,5%.
O governo divulga ainda hoje o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, apresentado a cada dois meses com estimativas de arrecadação, de gastos e de cortes no Orçamento. Com base no documento, o governo edita um decreto de programação orçamentária, com limites de gastos atualizados para cada ministério ou órgão federal.
Leia também: Meirelles defende terceirização e diz que projeto vai facilitar contratações
Na terça-feira (21), Meirelles adiantou que o aumento de impostos não está descartado e disse que o valor do contigenciamento divulgado após as novas projeções para a economia será a "combinação possível". Segundo ele, o objetivo é cumprir a meta fiscal estabelecida para este ano, com deficit previsto de R$ 139 bilhões.
* Com informações da Agência Brasil.