Meirelles defende terceirização e diz que projeto vai facilitar contratações
Ministro defendeu projeto que permite trabalhador terceirizado em todas as atividades de uma empresa; texto ainda precisa ser votado na Câmara
Por Brasil Econômico | * |
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Após se reunir com a bancada do PSDB na Câmara para discutir sobre a reforma da Previdência, o ministro defendeu a aprovação do projeto sobre a terceirização . "Ajuda muito porque facilita a contratação de mão de obra temporária, facilita a expansão do emprego. Empresas resistem à possibilidade de aumentar o emprego devido a alguns aspectos de rigidez das leis trabalhistas".
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Meirelles também fez comentários sobre a reforma da Previdência. Para ele, é necessário melhorar a comunicação para esclarecer a população sobre a necessidade de mudanças. Quando questionado sobre o posicionamento de integrantes do PSDB que são contrários a mudanças para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a desvinculação do salário mínimo, o ministro argumentou que para equilibrar as contas, é preciso mexer em alguns benefícios.
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"Todos somos favoráveis ao maior número possível, maior valor possível de benefícios. A questão é: precisamos pagar isso. E quem paga é a população, seja através de impostos, corte de outas despesas públicas, de outros benefícios, seja através de inflação. Se tirar algo [proposto pelo governo para a reforma], vai ter que colocar algo equivalente em outro lugar", adiantou.
De acordo com Ricardo Trípoli, líder do PSDB na Câmara, o representante do governo está aberto a negociações quando afirma que se tirar algum ponto tem que colocar alguma coisa. "Isso deixa condições desse diálogo continuar", disse o deputado. Nos últimos dias, o ministro tem feito uma série de reuniões com bancadas dos partidos, como PRB, PSD e PP, para discutir pontos da reforma.
Operação Carne Fraca
Além do projeto de terceirização, Meirelles comentou os impactos da Operação Carne Fraca , da Polícia Federal, que na sexta-feira (17) denunciou diversos frigoríficos envolvidos em um esquema que facilitada a emissão de certificados para produtos inadequados para o consumo. O ministro afirmou que, durante a última reunião do G20, o grupo das maiores economias do planeta, defendeu a qualidade dos produtos brasileiros. "Se fosse um país que não levasse a qualidade do produto a sério, não tinha investigação. É uma mensagem positiva que temos que levar ao mundo".
* Com informações da Agência Brasil.