Demanda empresarial por crédito caiu 5% em fevereiro, aponta Serasa Experian
No acumulado bimestral do ano, somente o setor de serviços registrou variação possitiva na demanda por crédito, com crescimento de 4%
Por Brasil Econômico |
Feriado do Carnaval e menos dias úteis em fevereiro fez com que a demanda empresarial por crédito no mês de fevereiro de 2017 baixasse 5% em relação ao mesmo período de 2016. Isso foi o que constatou o último Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito.
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O balanço divulgado nesta segunda-feira (20) também comparou o mês de fevereiro com janeiro de 2017. E apontou baixa de 6,4% na demanda por crédito . Embora o saldo tenha sido negativo, o primeiro bimestre desse ano obteve variação positiva de 0,5% em relação aos dois primeiros meses de 2016.
Porte
No comparativo entre janeiro e fevereiro de 2017, a queda por demanda das MPEs foi de 6,7%. Enquanto que nas médias empresas a variação negativa ficou na casa dos 0,8%, valor 0,1 ponto percentual acima do registrado nas grandes empresas, onde o recuo foi de 0,7%.
Já no acumulado do ano até fevereiro de 2017, a queda da demanda por crédito das médias empresas foi de 8,6%. Enquanto que nos negócios de grande porte, a baixa foi de 8,7%.
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Singularmente apenas as MPEs tiveram elevação da busca por obtenção de dinheiro por meio de empréstimos no primeiro bimestre do ano, com alta de 1% no comparativo com o mesmo período de 2016.
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Análise por setor
Tanto a indústria, quanto o comércio e o setor de serviços registraram queda na demanda empresarial por empréstimos. As variações negativas foram respectivamente de, 4,7%, 4,1% e 9% na comparação entre fevereiro de 2017 e 2016.
Já no acumulado dos dois primeiros meses do ano, somente o setor de serviços apontou alta na demanda por crédito, com a variação positiva de 4%. Em contraposição os setores industriais e de comércio tiveram retrações de 2,4% e 2,2%., respectivamente.
Região
A Serasa Experian também apurou por região as demandas por crédito e constatou que apenas o Sul e o Sudeste apresentaram alta no primeiro bimestre de 2017. Sendo respectivamente as elevações de 0,1% e 3%. Por outro lado, o Centro-Oeste teve baixa de 1,6% e o Nordeste apresentou variação negativa de 2,7%. Mas o maior destaque negativo foi para o Norte, onde a demanda caiu 3,6%.
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