Confira cinco dicas para empresas obterem bons resultados mesmo durante a crise
Para especialista, companhias devem buscar entender as mudanças de comportamento dos consumidores em momentos de recessão econômica
Por Brasil Econômico |
Apesar de muitos acreditarem que momentos de crise econômica devem ser usados para evitar mudanças, fases de dificuldade podem ser perfeitos para revisitar e amadurecer as estratégias de uma marca, reavaliar a melhor forma de ganhar eficiência e produtividade, além de fortalecer diferenciais em relação às outras empresas. O momento pode ser aproveitado para analisar o posicionamento de uma companhia, de seus competidores, e para encontrar mercados estratégicos.
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O objetivo deve ser entender como os clientes tendem a se comportar em momentos como os dias atuais. De acordo com o professor da ESPM e consultor de marketing, Gabriel Rossi, as empresas podem seguir alguns passos para superar os momentos de desaceleração na economia. Confira as cinco dicas do especialista para driblar as dificuldades e obter lucro mesmo durante a crise:
1) Segmentação do público
Segundo Rossi, as estratégias que devem ser tomadas em momentos de recessão são claras. "As empresas devem segmentar seus consumidores e focar nos mais lucrativos e influentes", explica. Para isso, é necessário conhecê-los e entender quais as expectativas do grupo em relação a fatores como qualidade, entrega e preços.
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Ao analisar estas informações, é possível descobrir se existe um novo segmento de mercado a ser atingido e quem são os potenciais consumidores. "É preciso decidir qual público atingir, estudar suas características", lembra o especialista. Com estes dados em mãos, o empreendedor saberá não apenas com quem está falando, mas como e o que falar e por quais ferramentas.
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2) Pós-venda
A presença nas redes sociais é, cada vez mais, uma parte essencial no desenvolvimento de um negócio. "Ações que vem se mostrando positivas nas redes sociais são as de relacionamento e pós venda. Muitos cometem o erro crasso de acreditar que o marketing termina quando a venda é efetivada", alerta Rossi. Para ele, o ideal é manter o contato com os clientes de maneira personalizada, para você conseguir um crescimento nas vendas por conta da comunicação entre os consumidores, além dos insights que eles lhe darão.
3) Passado como ferramenta
"As pessoas tornam-se nostálgicas em momentos difíceis. Nós, consumidores, contemporâneos, tendemos a acreditar que dias do passado são dias melhores", afirma Rossi. De acordo com ele, os consumidores sentem carinho por lugares que trazem à lembrança tempos mais aprazíveis. Por isso, as companhias devem apostar em produtos e serviços que representem integridade, estabilidade e felicidade, para ajudar seu público a se sentir bem em relação ao mundo.
4) Estimule o "boca a boca"
Atualmente, os consumidores exigem empresas cada vez mais dinâmicas, que consigam resolver seus problemas rapidamente. Quando isso acontece, é natural que um cliente fale com outros amigos sobre a eficácia da companhia. "O 'boca a boca', o santo graal do marketing, nunca esteve tão em evidência, pois tudo aquilo que é falado sobre a empresa fica guardado para a posteridade em rastros digitais", lembra Rossi. Segundo ele, estimular o debate entre os consumidores é fundamental para uma companhia ser bem-sucedida. Além disso, estratégias que foquem no básico, humanizem o atendimento e criem um contato direto com o cliente são apontadas como as melhores fórmulas de sucesso.
5) Economia colaborativa
A mudança de paradigmas em mercados tradicionais está se tornando cada vez mais comum. É possível perceber esta movimentação no transporte, com aplicativos como Uber e Cabify, e na produção de conteúdo, com plataformas como a Netflix, por exemplo. Para Rossi, a tendência veio para ficar, já que é regida por três grandes forças: social, pois as pessoas compartilham mais, econômica, por conta da escassez de recursos, e tecnológica, com a ascensão de uma geração que se conecta com outras pessoas em proporções muito maiores do que antes.
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"Um mercado está surgindo. A ruptura continua. As corporações ainda podem escolher em qual lado da história querem estar", explica Rossi. Para o consultor, momentos de crise econômica não devem ser encarados pelas empresas somente como uma fase de quedas, mas, também, como o período ideal para repensar modelos de negócios e fomentar iniciativas inovadoras.