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Em 2016 o abate de bovinos caiu 3,2% no comparativo com o ano anterior. A apuração realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também constatou que o estado de Minas Gerais foi o local com  redução mais expressiva, com menos 370,94 mil abates no ano passado.

IBGE: abate bovino teve redução em 2016
Macos Santos/USP Online
IBGE: abate bovino teve redução em 2016

De acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira (15), a diminuição da taxa foi constatada pelo IBGE em 20 das 27 unidades da federação (UFs), com 29,67 milhões de abate. Entre as regiões que obtiveram variação positiva estão Rondônia, Pará e Mato Grosso. Segundo o o balanço no primeiro, cerca de 250,49 mil cabeças a mais foram abatidas, enquanto que no segundo, a elevação foi de 83,64 mil a mais.

Já o Mato Grosso se manteve na liderança do ranking das UFs, uma vez que é responsável por 15,4% da participação nacional. Embora o comparativo anual mostre redução, o 4º trimestre de 2016 registrou alta de 1,2% do número de abates bovinos. O que significa 7,41 milhões de cabeças no total.

Suínos                                                                                                              

Se o setor de bovinos fechou o ano de 2016 com diminuição, em relação aos suínos a variação foi de alta de 7,8% no comparativo com 2015. Segundo a apuração, as 42,32 milhões de cabeças abatidas foram o suficiente para bater o recorde da série histórica iniciada em 1997.

Das 25 UFs participantes da pesquisa, 17 registraram alta. E os estados do sul são os que mais tiveram participação pela elevação. Somente no Paraná, 1,16 milhões a mais de cabeças foram abatidas. Em Santa Catarina a alta numeral foi de 450,87 mil, em relação à 2015, o estado também é responsável por 25,4% do total nacional.

No comparativo trimestral, houve aumento de 0,8% na relação entre o 4º e o 3º do ano. O registro foi o maior resultado do indicador desde 1997.

Frangos

Outro recorde identificado pelo IBGE foi em relação ao número de abates de frango. A constatação se deve a alta de 1,1%, com o número de 5,86 bilhões.

Novamente o Paraná apareceu entre os estados com os resultados mais expressivos, uma vez que obteve aumento de 58,10 milhões de abates no comparativo com o ano anterior. Na segunda posição vem o Rio Grande do Sul, com mais 31,88 milhões de cabeças.

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Por outro lado, em15 das 25 regiões apuradas apontaram para defict. Somente em Goiás, menos 15,56 milhões de cabeças foram abatidas. E contrariando os estados do Sul, Santa Catarina também está inclusa no grupo daqueles que apresentaram variação negativa, cerca de 11 milhões a menos de frangos foram abatidos. 

Mesmo com a alta anual, no 4º trimestre de 2016 o registro foi de baixa de 4% no comparativo com o 3º.

Leite

A aquisição de leite também registrou deficit. O recuo de 3,7% em relação à 2015, representou menos 893,23 milhões de litros de leite. De acordo com o IBGE, essa foi a segunda queda seguida na série. Entre os estados que de destacaram com a baixa estão Minas Gerais, que adquiriu menos 335,94 milhões de litros e o Rio Grande do Sul, com 238,7 milhões de litros.

Por outro lado, Santa Catarina e o Rio de Janeiro se destacaram por produzir pelas altas. O primeiro adquiriu mais 89,77 milhões de litros no comparativo anual, enquanto que no segundo foram 18,7 milhões de litros a mais.

Couro

No ano de 2016, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro apuraram que houve alta de 1,4% na quantidade de peças inteiras de couro cru bovino. O estado do Maranhão foi o que obteve a alta mais expressiva, com mais 648,31 mil peças. A região faz parte das 15 UFs que registraram alta entre as 21 apuradas.

Já Goiás foi o estado que obteve a maior retração do setor, com menos 248,24 mil peças. Um dado curioso é em relação ao Mato Grosso, que embora tenha registrado retração de 173,49 mil peças, o estado se manteve na liderança de peles em 2016. No comparativo entre o 3º e o 4º trimestre de 2016, o IBGE registrou queda de 1% no setor.

Ovos de galinha

Uma boa elevação foi na produção de ovos de galinha, que teve aumento de 5,8% no comparativo entre 2016 e 2015. As 51,28 milhões de dúzias de ovos a mais foram o suficiente para o registro de um novo recorde. A elevação foi constatada em 19 das 26 UFs.

Os maiores destaques foram em São Paulo e no Ceará que produziram respectivamente, 49,94 e 28,95 milhões de dúzias a mais no ano. Entre as reduções mais intensas estão o Amazonas, que produziu 4,31 milhões de dúzias a menos e a Bahia, com 1,52 milhões.

O IBGE também apurou que no 4º trimestre a produção de ovos de galinha foi de 799,33 milhões de dúzias, o que é o recorde trimestral na série.

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