Vendas de imóveis devem voltar a crescer em São Paulo, diz sindicato
No ano passado, houve queda nos lançamentos e nas vendas de imóveis residenciais na cidade; meta inicial deve ser ultrapassada em meados do ano
Por Agência Brasil |
Após registrar, em 2016, o pior desempenho dos últimos 12 anos em relação aos lançamentos e vendas, o mercado imobiliário da capital paulista e dos demais municípios da região metropolitana de São Paulo deve ter crescimento de 5% a 10% neste ano, de acordo com as projeções apresentadas nesta terça-feira (14) pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
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Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, prevê a possibilidade de que a meta de crescimento das vendas seja ultrapassada em meados do ano. “Esperamos revisar essa taxa para cima entre junho e julho", disse. Ele destacou que o setor mergulhou “no fundo do poço” no ano passado e só no quarto trimestre o cenário começou a melhorar com a retomada da confiança na economia. "Temos sinais de melhoria de atividade econômica, principalmente, na indústria, e variáveis de um cenário mais positivo”, afirmou.
Lançamentos e vendas
No ano passado, houve queda nos lançamentos e nas vendas de imóveis residenciais na cidade de São Paulo. Segundo informações do Secovi, foram vendidas 16 mil unidades, 19,7% abaixo de 2015. Este volume representa uma queda de 43,6% na média do registrado entre 2004 e 2015, quando a comercialização oscilou em torno de 28,7 mil imóveis por ano. A maior procura era por imóveis com dois dormitórios com área útil variando de 46 a 65 metros quadrados e preços entre R$ 225 mil e R$ 500 mil. No final do ano, o estoque atingiu 24 mil unidades em oferta.
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Devido à queda na procura, foi percebido também um recuo no ritmo da oferta. Foram lançadas 17,6 mil unidades, 23,3% menos do que em 2015, período em que ocorreram 23 mil lançamentos, conforme dados coletados pelo Secovi com a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
Região metropolitana
Considerando as demais cidades da região metropolitana, foram lançadas 9,1 mil unidades residenciais, número 40,1% inferior ao de 2015. Esse desempenho ruim, no entanto, foi um “ciclo de dificuldade" que, na opinião do presidente do Secovi, Flavio Amary, ficou para trás.
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Amary e o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos, Emilio Kallas, avaliam que este é um bom momento para quem precisa comprar um imóvel porque os preços estão competitivos, pois as empresas precisam “fazer caixa” com vendas.