Segundo uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do munícipio de São Paulo apresentou alta de 11,3%, ao avançar de 102,2 pontos em janeiro para 113,8 pontos em fevereiro. O resultado foi considerado o maior desde novembro de 2014, quando o ICC registrou 116 pontos.
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Vale ressaltar que a pesquisa da Fecomercio-SP estabelece uma escala de pontuação que varia de 0 a 200 pontos, o que representa pessimismo ou otimismo total, respectivamente.
Em comparação a janeiro, os dois quesitos que integram o indicador apontaram variações positivas. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) avançou 9,3%, indo de 68,2 para 74,6 pontos, maior patamar desde maio de 2015. Em relação a 2016, o indicador cresceu 12,1%. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) subiu cerca de 12%, ao passar de 125 para 140 pontos entre janeiro e fevereiro. No comparativo anual a alta foi de 22,4%.
Avaliações dos consumidores
De acordo com a assessoria econômica da Federação, as avaliações dos consumidores com o momento atual tiveram melhoras, assim como as expectativas acerca dos meses seguintes. Resultados dos últimos anos evidenciaram uma melhora na confiança, principalmente quando os consumidores recebem reajuste salarial. Além disso, a entidade também apontou a queda da inflação em janeiro como fator notório para a variação positiva do otimismo em relação ao futuro.
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Mesmo com o avanço do indicador na passagem de janeiro para fevereiro, a atual magnitude do ICC ainda demonstra baixo otimismo, uma vez que o consumidor se encontra mais contido e atento a situação econômica do País. Fatores como a desaceleração nos preços dos insumos, o crescente desemprego e o elevado comprometimento da renda familiar com dívidas devem manter essas oscilações do índice.
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Portanto, para a Federação uma recuperação mais sustentável só ocorrerá a partir da capacidade de reação do lado real da economia, através de avanços mais efetivos do poder de compra do consumidor.
Gênero e renda
Em relação ao ICEA, todos os itens avançaram entre janeiro e fevereiro. Os grupos que mais contribuíram para o acréscimo do indicador partiram do público masculino e consumidores com renda familiar de até 10 salários mínimos. O primeiro grupo registrou avanço de 11,1% ao passar de 74,5 para 82,7. Já o segundo evoluiu 11,7%, indo de 64,3 para 71,9 pontos.
De acordo com a Fecomercio-SP, todos os grupos pertencentes ao IEC variaram positivamente, sendo as altas mais acentuadas as de consumidores com renda inferior a 10 salários mínimos e com mais de 35 anos. O primeiro grupo registrou alta de 13,4% ao passar de 117,3 para 133,1 pontos e o segundo apresentou alta de 15,2%, indo de 121,2 para 139,6 pontos.
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