Para cumprir meta do deficit primário governo pode aumentar impostos este ano
Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, governo não medirá esforços para manter o deficit primário dentro da meta de R$ 139 bilhões
Por Brasil Econômico | (*) |
Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social na manhã desta terça-feira (7) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que para cumprir a meta do deficit primeiro de R$ 139 bilhões para este ano o governo pode adotar medidas como o corte de gastos e aumentar os impostos.
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“Nosso compromisso é cumprir a meta de 2017 e faremos o que for necessário, seja contingenciar despesas e, no limite, aumentar impostos”, disse. Meirelles descartou a possibilidade de alterar a meta deste ano. “Mantemos a meta e o compromisso com o resultado primário de 2017”, enfatizou Henrique Meirelles.
O ministro da Fazenda enfatizou que se a tendência de anos anteriores for mantida, o deficit primário chegaria a R$ 280 bilhões este ano. No ano passado, apesar da ajuda do programa de regularização de recursos no exterior, à chamada repatriação, o governo acusou o pior deficit primário da história, no valor de R$ 154,255 bilhões. O resultado ficou abaixo da meta para o ano que era de R$ 170,5 bilhões.
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Recuperação econômica
Após o resultado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o resultado de queda de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) o ministro da Fazendo afirmou que essa foi a pior recessão já vivida no País e apontou a queda no grau de confiança como um dos fatores pela crise econômica. “Isso não foi construído em pouco tempo. Foi-se construindo em anos em que a economia perdeu o grau de confiança”, destacou.
Ele disse ainda que as reformas em andamento no Brasil, como a que definiu limite de gastos públicos, do ensino médio, da Previdência e trabalhista já começam a “fazer efeito na economia”. O ministro disse que ainda não tem a projeção para o crescimento do PIB em todo o ano de 2017. Para 2018, o ministro disse que o crescimento pode ficar acima de 3%, mas essa ainda não é uma projeção definida.
Na data Henrique Meirelles aproveitou para informar que a simplificação das regras do Programa de Integração Social – Pis/Cofins será entregue em 30 dias ao presidente Michel Temer. Após isso, serão mais 30 dias para a proposta ser enviado ao Congresso Nacional.
* Com informações da Agência Brasil
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