Mulheres ainda recebem salário inferior ao dos homens, aponta pesquisa

Estudo contou com a participação de 13.161 profissionais; pesquisa indica que a mulher ainda está em desvantagem em praticamente todas as áreas

Mulher têm vantagem salarial apenas nas áreas de comunicação social e esportes
Foto: Shutterstock
Mulher têm vantagem salarial apenas nas áreas de comunicação social e esportes

Uma das adversidades que as mulheres ainda enfrentam em seu dia a dia é a desigualdade salarial. De acordo com uma pesquisa feita pela Catho, as mulheres continuam ganhando menos que os homens, mesmo quando elas ocupam os mesmos cargos. Além disso, elas também desenvolvem a carreira de maneira mais lenta quando feita a comparação. A pesquisa indica que, por outro lado, houve melhora na distribuição das mulher entre diferentes cargos desde 2011, mas, mesmo assim, as desigualdades ainda são notórias.

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O estudo contou com a participação de 13.161 profissionais. A pesquisa indica que a mulher ainda está em desvantagem em quase todas as áreas. Em alguns casos, inclusive, elas chegam a ganhar praticamente a metade do salário recebido pelos homens. Um exemplo desta situação são as áreas administrativas, comerciais e financeiras. No setor financeiro contábil, o salário do homem é, em média, de R$ 6.099,53, enquanto as mulheres recebem um salário médio de R$ 3.361,38. 

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No que diz respeito aos valores dos salários, a pesquisa registrou uma leve vantagem das mulheres em apenas duas áreas. De acordo com o levantamento, elas têm vencimentos maiores nas áreas de comunicação social e esportes.

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Já em relação à evolução na carreira, a pesquisa indicou uma melhora na situação das mulheres entre os anos de 2011 e 2017, mas ainda assim elas se destacam nos cargos de encarregado. Em 2011, os cargos de presidência nas empresas eram ocupados pelas mulheres em 22,91% dos casos. Em 2017, esse número chegou a 25,85%. Apesar disso, em 2011, 54,99% das vagas de encarregado eram destinadas às mulheres. Neste ano, o número saltou e chegou em R$ 61,57%. O levantamento também aponta que, quanto mais o cargo evolui, menor é a presença feminina.

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“É visível a inferioridade feminina na ocupação de cargos de destaque, tais como presidente, diretora e gerente. Isso mostra que há uma ruptura na evolução da carreira feminina, dando preferência aos homens. Provavelmente a maternidade e todo o preconceito que a envolve, infelizmente, pode ser um dos motivos dessa estatística”, conclui a gerente de relacionamento com cliente da Catho, Kátia Garcia, sobre a posição da mulher no mercado de trabalho.