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A bandeira tarifária que será aplicada na conta de luz de março será a amarela. A decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) faz com haja uma cobrança extra de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A bandeira amarela é ativada quando é preciso acionar mais usinas termelétricas, por causa da falta de chuvas.

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A Aneel anunciou que a previsão de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas para o mês de março ficou abaixo da expectativa anterior, levando à indicação de maior geração termelétrica como medida para preservar os níveis de armazenamento e garantir o atendimento à carga do sistema. A utilização de mais usinas leva ao aumento na conta de luz .

Bandeira da conta de luz estava verde desde dezembro; bandeira amarela tem cobrança extra de R$ 2 a cada 100 kWh
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Bandeira da conta de luz estava verde desde dezembro; bandeira amarela tem cobrança extra de R$ 2 a cada 100 kWh

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Desde dezembro, a bandeira tarifária estava verde, sem custo extra para os consumidores. Criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração de eletricidade.

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Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no País. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.

Novos preços

Há algumas semanas, as bandeiras tarifárias receberam novos valores para 2017. A bandeira amarela vai passar de R$ 1,50 para R$ 2 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. A bandeira vermelha patamar 1 será mantida no mesmo valor, a R$ 3 para cada 100 kWh. Já o valor da bandeira vermelha patamar 2 cairá de R$ 4,50 para R$ 3,50 a cada 100 kWh.

A proposta recebeu contribuições por meio de audiência pública. As distribuidoras reivindicaram a criação de um novo patamar de bandeira amarela, mas o diretor da Aneel e relator da proposta, José Jurhosa, entendeu que a estrutura atual é a mais adequada.

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Segundo ele, além do aspecto econômico, o modelo de bandeiras na conta de luz tem "caráter educativo, e é uma forma transparente de comunicar aos consumidores que as condições de geração de energia elétrica no País estão menos favoráveis, no caso de bandeira amarela, ou mais custosas, de acordo com o patamar de bandeira vermelha que é acionado", explicou Jurhosa.

* Com informações da Agência Brasil.

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