Após apresentar uma retração signifcativa em dezembro, a indústria brasileira registrou sinais de melhora em janeiro. De acordo com a Sondagem Industrial divulgada nesta segunda-feira (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o ritmo da produção e as taxas de emprego melhoraram no mês passado.
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O índice de evolução da produção da indústria registrou alta de 3,5 pontos na comparação com dezembro e alcançou 44,2 pontos. Já o indicador do número de empregados subiu 1,3 ponto, atingindo 46 pontos. Os dois indicadores mostram que o total de empresas que pretende reduzir a produção e demitir nos próximos meses foi reduzido.
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Os indicadores continuam abaixo dos 50 pontos, média usada para considerar um resultado positivo ou negativo, mas estão em níveis melhores que os registrados não apenas em dezembro, mas em janeiro de 2015 e 2016. Os indicadores da pesquisa variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo de 50 revelam uma tendência de queda na produção e no emprego. Quanto menor o índice, maior e mais disseminada é a retração.
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Apesar da diminuição do ritmo de queda, a ociosidade da indústria segue alta. Segundo a CNI, o nível de utilização da capacidade instalada ficou em 63% em janeiro, no mesmo valor registrado em dezembro. O indicador de estoques efetivos em relação ao planejado terminou o período próximo a linha que divide altas ou quedas, com 49,9 pontos. De acordo com a representante da indústria, o resultado mostra que os estoques estão ajustados aos planos dos empresários.
Projeções do setor
Os indicadores de expectativas, que abrangem dados de fevereiro, apresentam desempenho misto. Os indicadores que tratam da demanda e das exportações ficaram acima dos 50 pontos neste mês, revelando que os empresários esperam o aumento do consumo e das vendas externas nos próximos seis meses.
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As previsões sobre a compra de matéria-prima e sobre o emprego, no entanto, continuaram abaixo dos 50 pontos, indicando menos compra de insumos e mais demissões em um período de 180 dias. Os indicadores também registraram melhoria em relação às intenções de investimento. O indicador segue abaixo dos 50 pontos, mas subiu de 45,3 pontos, em janeiro, para 46,9 pontos, em fevereiro. Este é o maior nível registrado desde abril de 2015.