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Pesquisa do IBGE aponta recuo de 2,8% no setor de serviços no 4º trimestre de 2016
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Pesquisa do IBGE aponta recuo de 2,8% no setor de serviços no 4º trimestre de 2016

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (15) os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) que apontou um crescimento de 0,6% no volume do setor de serviços em dezembro ante a novembro do mesmo ano. Se comparado a outubro, houve um recuo de 2,3% e queda de 5,7% em relação ao mesmo mês desde 2012, início da série.

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De acordo com o IBGE , a taxa acumulada em 2016 foi de -5%, com variação de 0,5% na receita nominal entre novembro e dezembro e na série com ajuste sazonal. Em comparação ao mesmo mês de 2015, houve um decréscimo de 1,5%. Vale ressaltar que durante o ano passado a taxa acumulada da receita foi de -0,1%.

Resultados por atividade

Nos resultados por atividade, na série de influências sazonais, serviços prestados às famílias foi o segmento que apresentou maior crescimento, com 2%. Em seguida, transportes e serviços auxiliares dos transportes e correio, com 0,4%. Em contrapartida, serviços de informação e comunicação, serviços profissionais, administrativos e complementares e outros serviços sofreram quedas de -1,7%, -1,3% e -1,2%, respectivamente. Em relação ao agregado especial das atividades turísticas, um aumento de 3,1% foi registrado em comparação a novembro.

Já na composição da taxa global de volume sem ajuste sazonal, serviços de informação e comunicação ficou com -2,6 pontos percentuais, transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, com -2,1, serviços profissionais administrativos e complementares com -0,9, serviços prestados às famílias, com -0,1 e outros serviços, com 0,0 ponto percentual.

Setor de serviços

A pesquisa também mostrou que no 4º trimestre de 2016 o volume do setor de serviços caiu 2,8% em relação ao trimestre anterior e na série livre de influências sazonais, contrariando as retrações menores obtidas nos demais trimestres. Em termos trimestrais, os resultados coletados no último trimestre de 2016 foram considerados o com maior recuo desde o início da série em 2012.

O decréscimo de 3,8% no segmento de serviços de informação e comunicação, detentor de 35,7% do setor de serviços, contribuiu significantemente para a queda do setor como um todo. Os segmentos de telecomunicações, serviços de tecnologia da informação e serviços audiovisuais, de edição e agencias de notícias se destacaram, com recuos de 3,2%, 4,2% e 5,4%, respectivamente.

Se comparado ao mesmo trimestre de 2015, a queda foi de 6%, sendo o recuo de 9,5% no segmento de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, o mais expressivo. Na sequência, a retração de 4,7% sofrida pelos segmentos de serviços da informação e serviços profissionais, administrativos e complementares, foi a com maior impacto.

Segundo semestre de 2016

Os dados observados no segundo semestre do ano passado mostraram um recuo de 2,5% em relação ao primeiro semestre, na série livre de influências sazonais. O resultado foi considerado menor ante as quedas registradas nos dois primeiros semestres de 2015.

Em comparação ao segundo semestre de 2015, o recuo foi de 5,2%, com destaque para o segmento transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, que caiu 9,2%.

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Outros segmentos

As informações obtidas no acumulado do ano de 2016 acentuaram a retração das atividades de serviços, onde o segmento transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio deteve a maior queda, com -7,6%. Nesse caso, transporte terrestre contribuiu fortemente para o recuo, com -10,4%.

É importante frisar a dependência do transporte de cargas em relação ao setor industrial, tanto para o consumo de matérias-primas quanto para a distribuição dos produtos. Assim, a recuperação dessa atividade também se torna dependente da recuperação do setor industrial. Serviços profissionais, administrativos e complementares também retraiu significantemente em 2016, com 5,5%, assim como serviços técnico-profissionais, com 11,4%.

Atividades relacionadas a serviços intensivos em conhecimento, como serviços jurídicos, contábeis, de auditoria, consultoria empresarial, serviços de engenharia e arquitetura, publicidade e propaganda, dependem da demanda de outros setores institucionais, tais como indústria, comércio e governos, que restringiram gastos e investimentos ao longo do ano passado, o que fetou diretamente seus próprios resultados.

A variação dos serviços de informação e comunicação registrou patamar de -3,2%, onde os serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias deteve a maior queda, com -7,1%. Já serviços de tecnologia da informação se manteve com resultado positivo, embora a variação de 2016 tenha sido inferior as anteriores.

O segmento Serviços prestados às famílias variou -4,4% em 2016, dependendo da recuperação do poder de compra das mesmas para retomar seus resultados positivos.

Resultados regionais

No que se diz respeito aos resultados regionais do setor de serviços em dezembro do ano passado e com ajuste sazonal, Espírito Santo, Ceará e Amazonas se destacaram com variações positivas de 4,4%, 4,3% e 3,4%, respectivamente. Em oposição aos acréscimos, a Bahia variou negativamente, com -3,9%, assim como a Paraíba, com -3,8% e o Acre, com -3,5%.

Entre os resultados sem ajuste sazonal e em comparação ao mesmo mês de 2015, todas as unidades da Federação apresentaram variações negativas, sendo as do Mato Grosso, Rondônia e Tocantins, as mais significativas, com -33,1%, -19,6% e -18,5%.

Atividades turísticas

Em relação as atividades turísticas, na série livre de influências sazonais, São Paulo registrou a maior variação positiva, com 6,6%. Em seguida ficou o Rio Grande do Sul, com 3,2%, Goiás, com 2,4%, Rio de Janeiro, com 1,4%, Distrito Federal, com 0,8%, Minas Gerais, com 0,2% e Bahia, com 0,1%. Já o Ceará, Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná e Pernambuco, variaram negativamente, com -7,6%, -3,5%, -3,4%, -2,3% e -0,9%.

De acordo com a PMS do IBGE, se comparado ao mesmo mês de 2015 e sem ajuste sazonal, Goiás, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul apresentaram as maiores variações positivas, com 13,9%, 8,2%, 7,3% e 1,4%, respectivamente. Em contrapartida, o Distrito Federal deteve a maior variação negativa, com -13,6%, seguido do Ceará, com -10,9%, Rio de Janeiro, com -7,3%, Espírito Santo, com -5,8% e Minas Gerais com -5,2%. A Bahia, o Paraná e Santa Catarina também variaram negativamente, com -2,4%, -2% e -1,5%, respectivamente.

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