Brasil Econômico

Em 2016 as vendas no varejo recuaram 6,2% em relação a 2015. O resultado faz parte do balanço do acumulado do ano divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (14). Segundo o IBGE, a quefa é a mais acentuada da série histórica que começou de 2001, uma vez que seis das oito categorias pesquisadas apresentaram variação negativa. 

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Queda nas vendas do varejo também se deve a dificuldade de obtenção de crédito
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Queda nas vendas do varejo também se deve a dificuldade de obtenção de crédito

Entre os setores que apresentaram baixa em suas vendas no varejo, destaque ao setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que caiu 3,1% no período e o de móveis e eletrodomésticos que variou negativamente em 12,6%. De acordo com o IBGE, o motivo pelo qual o setor de hipermercados apresentou queda foi a perda da renda real do consumidor brasileiro.

Já a categoria de eletrodomésticos obteve queda por ser um setor que funciona de acordo com a disponibilidade de crédito e influenciado pela taxa de juros, fatos esses que refletiram diretamente na queda da massa real de rendimentos do brasileiro.

Outro levantamento                                                         

A instituição também registrou queda no comparativo entre dezembro e novembro de 2016. De acordo com a pesquisa, o indicador desceu 2%, após a alta de 1% obtida em novembro.

A principal razão pela baixa do período novembro/dezembro do comércio varejista foi o segmento do hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas de fumo que caiu 3% na comparação mensal.

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Por outro lado, combustíveis e lubrificantes subiu 2,1%. Embora o resultado seja de alta, os números não foram o suficiente para impactar o resultado no acumulado do ano que registrou recuo de 6%. A baixa se deve após as oito taxas negativas seguidas do setor.

O segmento de hipermercados também foi o principal responsável pelo recuo de 4,9% de dezembro de 2016 no comparativo com dezembro de 2015. De acordo com a apuração da instituição, o setor caiu 2,9%. Entretanto, quando se nota os números dos segmentos de móveis e eletrodomésticos e tecidos, vestuário e calçados, os indicadores são ainda mais assustadores, pois obtiveram retrocesso de 8,9% e 8,8%, respectivamente.

Comércio Varejista Ampliado

A estabilidade foi o que marcou essa parte do balanço que agrega o comércio de veículos, motos, partes e peças e de material de construção.  A variação foi de apenas -0,1% no comparativo entre os últimos dois meses de 2016.

Já no acumulado do ano a história é bem diferente. O setor varejista ampliado registrou a queda mais significativa da série histórica, com resultado negativo de 8,7% e é apenas uma consequência das variações – também negativas – nas vendas de veículos, motos e partes e peças de 14% e dos materiais de construção, que teve baixa de 10,7%.

Assim como no setor de móveis, a baixa é justificada pela elevação das taxas de juros e a restrição orçamentária das famílias.

Regiões

A região que mais de destacou negativamente foi o Pará. Nas apurações realizadas, o estado obteve baixa nos comparativos entre os meses de novembro e dezembro de 2016, com queda de 12,6%. O acumulado do ano de 2016 frente a 2015 também, mas com recuo de 13,1%.

No comércio varejista ampliado, a região apresentou a segunda pior baixa, com 12,6%. Rondônia foi o destaque da categoria, que baixou 15,5%.

O Pará também apresentou baixa de 14% no acumulado de 2016 no varejo ampliado. Mas, o estado do Norte não foi a exceção no levantamento. De acordo com o IBGE, 26 dos 27 estados do País caíram e o único que obteve alta – tímida – foi Roraima, com elevação de 0,7%.

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