Analise feita pelo economista do Insper e fundador da BeeCâmbio, Fernando Pavani aponta que o dólar teve retração de 3,77% frente ao real no mês de janeiro. A moeda norte-americana fechou o período cotada a R$ 3,128, menor nível desde o mês de outubro.

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Dólar tem desvalorização de 3,77% frente ao real no mês de janeiro
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Dólar tem desvalorização de 3,77% frente ao real no mês de janeiro


Segundo Pavani, a tendência de queda do dólar foi identifica nos primeiros dias de dezembro e permaneceu inalterada até a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 20 de janeiro. O especialista em câmbio ressaltou que no período de pouco mais de um mês foram seis quedas semanais consecutivas, fato esse que compensou a alta na cotação de 6,18% registrada em novembro.

Nos últimos dias do mês de janeiro, a trajetória de queda foi reforçada pela perspectiva do mercado internacional da manutenção da taxa básica de juros pelo Federal Reserve. O fato se concretizou no primeiro dia de fevereiro, quando foi anunciada a manutenção nos juros de 0,5% a 0,75% ao ano.

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“Mas o patamar baixo não é sustentável no longo prazo, por conta da necessidade de estímulo à exportação que o país precisa para incentivar o crescimento da economia. O equilíbrio seria alcançado na faixa de R$ 3,40, o que representa dólar atrativo e não gera disruptura. Esse patamar foi alcançado pela última vez em 7 de dezembro”, explicou Pavani.

Conjuntura no Brasil

O especialista evidenciou que outro fator de influência na taxa de câmbio em janeiro foi a situação econômica e política brasileira. “O otimismo sustentou o resultado”, disse ele. Pavani explicou que com os resultados de indicadores como o do otimismo do consumidor e do comércio sinalizam a melhora do “cenário macroeconômico brasileiro”.

Outro ponto destacado pelo economista do Insper e fundador da BeeCâmbio, Fernando Pavani, foi a medida tomada pelo Banco Central em vender diariamente lotes de até 15 mil de swaps tradicionais, o que equivale a venda de dólares no mercado futuro. “O BC está precavido, apenas agindo para evitar a volatilidade da moeda, o que é positivo para o mercado”.

Previsão fevereiro

Para este mês de fevereiro a expectativa é que indicadores econômicos de confiança continuem com tendência de recuperação. “E é importante que isso se reflita nos indicadores reais da economia”, enfatizou o especialista.

No mercado internacional, apesar dos sinais de confiança na política de Donald Trump , ainda é cedo para saber como o mercado vai reagir às decisões do novo presidente. No Brasil a continuidade da operação Lava-Jato , da Polícia Federal e a agitação da política podem trazer mudanças no patamar da cotação do dólar ao longo deste mês.

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