Levantamento da McKinsey & Company apontou que a industrial global de moda tem um ano desafiador pela frente. Após crescer por 10 anos a taxas de 5,5% anuais, ela fechou 2016 com alta de 2,5%. Para 2017 a perspectiva é que esse índice fique em torno de 3,5% e o hábito de consumo do consumidor é que vai ditar os segmentos que mais trarão retorno no período.
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Segundo a consultoria, a retomada do crescimento econômico mundial ajudará nessa retomada da indústria da moda – estimada em US$ 2,4 trilhões – e no Brasil, o desempenho do setor será sentido, porém de forma mais lenta. A explicação para esse crescimento mais lento é a perspectiva de que o País comece a se recuperar em médio prazo em 2017.
Tendências em 2017
Entre os setores com potencial para um desempenho maior está o segmento de roupas esportivas que deve fechar o ano com expansão de 6,5% a 7,5%. Acessórios como bolsas e malas também terá papel importante nessa retomada já que tem estimativa de ter alta variando entre 4% e 5% no ano.
O segmento de relógios e joias vem na sequência, com expansão prevista entre 3% e 3,5%. A área de roupas e calçados como um todo deve crescer entre 1,5% e 2,5% em 2017.
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O estudo da consultoria evidenciou que, assim como em 2016, a volatilidade do quadro político e econômico no mundo ainda influenciará o desempenho do setor. Outro ponto levantado pelo estudo é a incógnita que se tornou a economia chinesa. “Some-se a isso a mudança no estilo de vida dos consumidores e o efeito dos avanços tecnológicos e é possível dizer: a indústria da moda não sairá a mesma da crise”, informou a McKinsey & Company em nota.
Consumidor antenado
Os mercados com maior potencial de consumo e que, ao que tudo indica, devem se tornar referência para em tendências ao mercado fashion é o da Ásia e do Oriente Médio.
O estudo sobre o mercado da moda mundial evidenciou a mudança de hábito de consumo em todo o mundo. Hoje o consumidor é mais conectado e sofisticado e tem pressa para acabar com os seus anseios de consumo.
Essa mudança de comportamento levará o setor de fast-fashion, ou lojas de departamentos, a um novo patamar: o de luxo. Grifes como Burberry, Tom Ford e Tommy Hilfiger, por exemplo, já entenderem a nova demanda de consumo e já disponibilizam para compra suas coleções imediatamente após os desfiles nas semanas de moda.
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