O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) calculou que a confiança dos Micros e Pequenos Empresários (MPEs) de varejo e serviços aumentou 21,4% em relação ao indicador do mesmo período do ano passado, quando a pontuação foi 42 pontos.
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Segundo a divulgação realizada nesta quarta-feira (01), 42% dos MPEs que acreditam em melhora na economia não sabem explicar o motivo pela expectativa. Entre outras justificativas está a percepção dos empresários em relação aos indicadores econômicos, que têm demonstrado melhora.
Já entre os empreendedores mais pessimistas –17% dos respondentes –, 42% deles citam que as razões por tais expectativas se devem às incertezas políticas no País. Já outros 15% do grupo não acredita que o Brasil vai passar pelas reformas necessárias para a economia.
A régua utilizada para medição varia entre zero e 100 pontos, sendo o último o maior grau de otimismo dos MPEs.
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Cautela
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, “a confiança ainda está longe de ser satisfatória e parece não encorajar o investimento. É ela que pode induzir o investimento por parte das empresas, gerando empregos e estimulando o consumo, hoje em baixa por causa da recessão”.
Pinheiro revela que o indicador pode avançar ao longo deste ano. Mas que primeiramente é necessário que progressos econômicos e políticos sejam observados, entre eles a aprovação das reformas trabalhista e da previdência, além da retomada do crescimento da economia, aguardada para o segundo semestre, conclui.
Projeções
Outro indicador apurado pelas instituições diz respeito ao o que o empresário pensa sobre o futuro, esse alcançou 63,6 pontos. Em janeiro de 2016 a pontuação foi 10 pontos a baixo, pois registrou 53,6 pontos. Em dezembro a marca foi de 60,9 pontos.
Em relação ao próprio negócio, 60% dos entrevistados manifestam otimismo, entretanto 32% desses são sabem argumentar essa projeção. Entre os micros e pequenos empresários confiantes, 21% diz que está assim porque acredita realizar uma boa gestão do negócio.
Roque Pellizzaro, presidente da SPC Brasil frisa que: “os entrevistados têm controle de sua empresa, mas não podem controlar a economia. Assim, diante da adversidade, o empresariado tende a acreditar que pode promover ajustes internos para atenuar o impacto da crise”.
Os próximos meses são a esperança de 44% dos micro e pequenos empresários, pois eles acreditam que o faturamento de suas empresas vai obter crescimento. Por outro lado, 41% crê que a estabilidade será mantida, sem grandes alterações.
Já entre os pessimistas (9%), a principal justificativa para o quadro é que a crise na economia pode continuar, de forma que consolide o cenário de recessão no País.
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