Brasil Econômico

De acordo com Fiesp e Ciesp, INA sofreu terceira queda consecutiva
shutterstock
De acordo com Fiesp e Ciesp, INA sofreu terceira queda consecutiva

Dados divulgados nessa terça-feira (31) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) mostraram que o Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista decaiu para 8,9% em 2016,  sendo essa a terceira queda anual consecutiva. De 2014 a 2016 o índice acumula queda de 19,7% e entre os anos de 2014 e 2015, o indicador apresentou recuos de 6,2% e 6%, respectivamente. 

LEIA MAIS: Indústria paulista fecha 11 mil postos de trabalho em agosto, aponta Fiesp

“Essas quedas consecutivas foram uma surpresa. Vimos uma trajetória ruim para a indústria de transformação”, afirma o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e Ciesp, Paulo Francini.

Em 15 dos 20 setores pesquisados pela entidade, a variação do Indicador de Nível de Atividade foi considerada positiva. Referente à transição de novembro para dezembro, o indicador avançou 4,1%. Já na passagem de outubro para novembro, o INA registrou alta de 0,1%.

Na variação mensal, o indicador atingiu alta de 6,6%, maior avanço desde junho de 2008. Vale ressaltar que o INA observa o total de vendas reais juntamente das horas trabalhadas e da utilização da capacidade instalada (NUCI) da indústria de transformação paulista.

Todas as variáveis que integram o índice apresentaram alta no mês, dando destaque para horas trabalhadas na produção, que deteve a maior influência nos resultados publicados. Na variação de dezembro contra novembro, houve avanço de 6,2%. Se comparados os meses de dezembro de 2015 e 2016,  teve recuo de 1,3% foi registrado na série com ajuste sazonal.

Ao que se diz respeito ao nível de capacidade instalada (NUCI), o nível médio de utilização em dezembro atingiu 75, 9 pontos, com um tímido aumento de 0,5 ponto percentual se comparado ao mesmo período de 2015. De acordo com as instituições, a expectativa de um ciclo de redução mais intenso da taxa básica de juros (Selic), entre outras medidas, pode ajudar na melhora da confiança da indústria esse ano.

Você viu?

“Mesmo que o cenário não faça prever um 2017 glorioso, nossa projeção ao final de janeiro é que 2017 pode trazer crescimento de 1,2% para a indústria de transformação”, explica Francini.

LEIA MAIS: Entidades divergem sobre a eficácia da reforma trabalhista

O setor de veículos automotores foi considerado destaque após apresentar variação positiva de 6,5% no INA, na comparação de dezembro contra novembro e com ajuste sazonal. Em relação a 2016 no geral e em comparação a 2015, uma queda de 9,3% foi registrada, sem ajuste sazonal.

Sensor

A pesquisa Sensor fechou o mês de janeiro com 48,5 pontos na série livre de influências sazonais, contra 48,8 pontos de dezembro. A pesquisa se mantém estável, porém abaixo dos 50 pontos, o que sinaliza uma diminuição da atividade industrial no mês.

Na passagem de dezembro para janeiro e no item condições de mercado, o indicador foi de 50,2 pontos para 52,4 pontos. Entretanto, o destaque foi dado ao indicador de emprego, que passou de 48,9 para 43,1 no mesmo período. É importante lembrar que resultados acima dos 50 pontos indicam melhoras nas condições do mercado, enquanto abaixo, apontam expectativa de demissões para o mês.

De acordo com o indicador da Fiesp e Ciesp, o nível de estoque se manteve estável, indo de  46,3 pontos em dezembro para 46,4 em janeiro. Nesse caso, leituras acima de 50 pontos indicam estoque abaixo do desejável, e inferiores mostram sobrestoque. Em relação ao indicador de vendas, houve recuo de 3,4 pontos, com 50,5 pontos, apontando assim, queda nas vendas de janeiro.

LEIA MAIS: Índice de confiança no setor de serviços tem alta em janeiro, aponta FGV

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!