A Petrobras segue com uma perspectiva negativa no mercado, de acordo com avaliação feita pela agência de classificação de risco Fitch, divulgada nesta quinta-feira (26). A organização manteve a nota da estatal brasileira em BB, em relação aos compromissos em moeda estrangeira, e AA+ quando considerados os compromissos em moeda local. As notas indicam a capacidade da empresa em honrar seus compromissos financeiros.
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Segundo a agência, a classificação da Petrobras é igual à do Brasil, considerando que a operação da empresa é de responsabilidade do governo. Além disso, também é levado em conta o fato de que a estatal é fornecedora "quase monopolista de combustíveis líquidos” no País. Na categoria de investimento de risco, o Brasil também tem a nota BB.
A Fitch lembra ainda que o governo federal possui 60.5% dos direitos de voto na estatal, além de uma participação econômica que chega ao patamar de 46%. Na avaliação da agência, a empresa precisará trabalhar por um fluxo de caixa livre neutro para alcançar a redução das dívidas, bem como ter sucesso em seu programa que visa o corte de investimentos.
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No último mês de setembro, a estatal já havia anunciado que deixaria de atuar nos setores de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP (gás de cozinha), produção de fertilizante e das participações em petroquímica.
“A redução futura da dívida dependerá do sucesso do programa de desinvestimento da Petrobras, que, segundo a Fitch, é incerto e difícil de prever, embora a empresa tenha demonstrado um progresso substancial até agora”, afirmou a agência por meio de nota.
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A nova política de preços aplicada pela Petrobras foi elogiada pela Fitch. A medida foi responsável por uma queda nos valores dos combustíveis registrada no mês de outubro do ano passado. “A recente implementação da política de preços é um bom sinal para a empresa, pois aumenta a transparência e aumenta a independência do governo federal”, disse a agência.
*Com informações da Agência Brasil