Segundo estimativas do Boletim Focus medido pelo Banco Central (BC), o mercado financeiro projeta que a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechará o ano em 4,71%. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu estável e estimada em 0,50% em 2017.
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A pesquisa semanal do Banco Central apontou ainda que a projeção para a taxa básica de juros- Selic – teve leve queda, ao passar de 9,75% para 9,5% ao ano. A perspectiva da Selic menor foi impulsionada pelo corte de 0,75 ponto percentual feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que surpreendeu o mercado. Atualmente a taxa básica de juros é de 13% ao ano.
Anteriormente, os analistas financeiros consultados pelo BC estimavam a Selic em 10,5% e têm revisto suas projeções para baixo com a sinalização do Copom de fazer cortes maiores nas próximas reuniões.
Durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, na semana passada, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que esse seria o “novo ritmo” da taxa de juros. Ele ressalvou, no entanto, que as decisões do Copom dependeriam da inflação e crescimento.
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Inflação controlada
A projeção para a inflação aproxima-se do centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional, que é 4,5% com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. No final do ano passado a inflação oficial fechou em 6,29%, indicador esse bem abaixo do que o visto em 2015, quando a inflação superou os 10% ao ano. A sinalização de inflação sobre o controle anima o mercado e faz com que a Selic tenha quedas significativas ao longo deste ano.
Câmbio e investimentos
Os economistas das 100 instituições financeiras consultadas pelo Banco Central falam em taxa de câmbio estável ao longo de 2017 e o dólar cotado a R$ 3,40. Já a projeção para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para o dólar continuou inalterada em R$ 3,50.
O Boletim Focus projetou também nesta segunda-feira (23) para o resultado da balança comercial – resultado do total de exportações menos as importações – em 2017 recuou de US$ 46 bilhões para US$ 45,6 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superavit caiu de US$ 40,7 bilhões para US$ 40,2 bilhões.
*Com informações da Agência Brasil
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