A Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo divulgada nesta quinta-feira (19) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta que, em 2016, 152,5 mil postos de trabalhos foram fechados na área industrial brasileira. Segundo o balanço, a taxa a negativa é reflexo do atual cenário de crise econômica em que o País se encontra.
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O saldo negativo da indústria vem sendo acumulado desde 2011. Somente nesse período (2011 até 2016), cerca de 609 mil vagas de emprego na indústria foram fechadas. Mas segundo o gerente do Depecon, Guilherme Moreira, em 2017 haverá uma tendência de estabilização nesse cenário. O discurso otimista provavelmente se deve às medidas econômicas anunciadas pelo presidente da República, Michel Temer, para reeguer o País da crise .
O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp, responsável pela pesquisa apontou ainda que dezembro registrou recuo de 1,62% nos empregos da indústria paulista, o que significa o fechamento de 35,5 mil vagas de trabalho. “O emprego na indústria veio se ajustando à queda da produção. Acreditamos que o período agora seja de estabilização, com retomada mais intensa de vagas apenas a partir de 2018”, observa Moreira sobre o cenário.
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Regiões
A pesquisa realizada no estado de São Paulo avaliou também as diretorias regionais. Em São Carlos, por exemplo, houve uma alta de 2,20% no número de empregos, sendo que os principais responsáveis pelo crescimento foram a borracha e o plástico com alta de 66,07% e produtos diversos positivo em 9,63.
A cidade de Marília também apresentou indicador positivo devido a produção de borracha e do plástico, mas os números são um pouco a baixo dos de São Carlos, sendo 2,13%. Outros itens que colaboraram para o índice positivo da cidade foi o de produtos alimentícios.
Já cidades como Cubatão, Santa Bárbara d’Oeste e Santo André tiveram saldos negativos, sendo respectivamente: 33,09%; 14,18% e 13,33%.
IBGE
Segundo o último levantamento elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o trimestre entre os meses de setembro e novembro chegou à marca de 12,1 milhões de desempregados no País em plena situação de crise econômica, representando 11,9% da População Economicamente Ativa (PME).
Já a população ocupada se manteve em 90,2 milhões de pessoas, o que significou estabilidade em relação ao período anterior. Mas se o indicador for comparado ao mesmo período de 2015, os números significam queda de 2,1%.
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