A companhia aérea Air India começou a vender passagens para uma área restrita a mulheres dentro de suas aeronaves.
A "reserva" será aplicada aos primeiros seis assentos da primeira fila da classe econômica. A medida vem após casos de assédio sexual nos voos - algumas mulheres teriam sido agarradas por passageiros.
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Um diretor da companhia aérea disse ao jornal "The Hindu" que a Air India quer oferecer segurança a passageiras que viajam sozinhas.
"Como uma companhia nacional, nós sentimos que é nossa responsabilidade aumentar o nível de conforto das passageiras", disse Meenakshi Malik.
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A Air India disse também que terá dois pares de algemas de plástico a bordo para lidar com passageiros "descontrolados".
A partir desta semana, seis assentos estarão disponíveis na aeronave A320 para voos dentro da Índia. A companhia pretende estender a reserva de assentos para voos internacionais durante os próximos meses.
Passageiras viajando sozinhas poderão pedir os assentos na área reservada ao fazer o check-in sem custo extra.
Controvérsias
Nem todos ligados à companhia estão satisfeitos, porém. "Até onde eu sei, isso não acontece em outro lugar do mundo. Aviões não são inseguros para passageiras", disse Jitendra Bhargava, ex-executiva da Air India, ao The Hindu.
"Em casos de comportamento descontrolado, a tripulação está autorizada perante a lei a tomar uma medida a respeito".
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Esta não é a primeira vez em que a companhia é alvo de controvérsias. Em 2015, superiores disseram a parte da tripulação que eles estavam "gordos demais" para desempenhar o serviço e que "custavam uma fortuna à companhia em combustível".
Em 2009, ela também demitiu nove aeromoças por estarem "acima do peso" dizendo que sua forma física poderia "prejudicar sua agilidade".