Brasil Econômico

Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontou que a inflação oficial no País fechou em 6,29%. O índice ficou dentro do teto da meta estipulada pelo Banco Central (BC).

+ Mercado reduz projeção da inflação para 4,81% e mantém a do PIB em 0,5%

Inflação oficial medida pelo IBGE fechou 2016 em 6,29%, índice inferior a todas as expectativas do mercado
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Inflação oficial medida pelo IBGE fechou 2016 em 6,29%, índice inferior a todas as expectativas do mercado


Em dezembro o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo IBGE  ficou em 0,3%, sendo o menor valor para inflação em dezembro desde 2008.  Em contrapartida o resultado do mês de dezembro de 2015, o IPCA atingiu 0,96% – maior taxa desde 2002 – e fechou o período em 10,67%.

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Após recuar de 0,26% para 0,18% de outubro para novembro, o IPCA voltou a subir em dezembro sob influência da aceleração dos grupos alimentação e bebidas que passou de  queda de 0,20% em novembro para alta de  0,08% em dezembro. Outro setor que também colaborou foi o de despesas pessoais  que passou de0,47% para 1,01% e  os transportes  que passou de 0,28% para 1,11%, segundo apurou o IBGE.

Perspectiva 2017

Para este ano a estimativa é que a inflação fique mais baixa ainda, em 4,81% segundo dados apurado pelo Boletim Focus, do Banco Central . O boletim divulgado na primeira semana de 2017 apontou que a  estimativa das instituições financeiras consultadas pelo BC era de 4,87%. Na opinião do Rogério Mori, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP), o desaquecimento da economia teve forte influência sobre o resultado divulgado nesta quarta-feira (11). “A inflação demorou a ceder no Brasil, somente a partir de setembro assumiu uma trajetória de queda. Isso ocorreu porque o BC foi permissivo com a alta da inflação no início de 2016, provocando um ritmo cada vez mais intenso. Some-se ainda, o fato de que a economia brasileira ainda exibe resíduos de indexação em vários preços e contratos (mesmo que em bases anuais), o que torna o comportamento da inflação mais rígido e aumenta o custo em termos de crescimento para trazê-la de volta ao centro da meta”.

Preços ao consumidor

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,14% em dezembro e ficou 0,07 ponto percentual acima da taxa de 0,07% de novembro. Com isso, o acumulado no ano foi para 6,58%, bem menos do que os 11,28% registrados em 2015. Em dezembro de 2015 o INPC foi de 0,90%.

Os produtos alimentícios variaram 0,05% em dezembro, depois de recuarem (-0,31%) em novembro. Já os não alimentícios (0,18%) subiram menos do que em novembro (0,25%).

O INPC regional mais elevado foi o de Brasília (0,87%), onde os alimentos subiram 0,70%, bem acima do índice nacional (0,05%). Os itens aluguel residencial (1,90%) e passagem aérea (21,30%) também contribuíram para o resultado do mês. O menor índice foi da região metropolitana de Curitiba (-0,15%), segundo divulgou o IBGE.

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