Pesquisa realizada pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) apontou que as taxas de juros das operações de crédito para pessoa física tiveram redução em dezembro, sendo essa a segunda queda em dois anos.
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Segundo a Anefac , a taxa de juros média geral para pessoa física apresentou redução de 0,49% ao passar de 8,2% ao mês para 8,16%. Na comparação anual a taxa de juros média passou de 157,47% ao ano para 156,33%; a menor taxa apurada pela Anefac desde agosto de 2016.
Segundo o diretor de estudos e pesquisas da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, o resultado foi influenciado pela redução da taxa Selic. “Com certeza 2017 começa com uma nova perspectiva, em 2016 tivemos altos índices dos juros no país, históricos para ser mais preciso, agora, já na primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) , é possível que tenhamos uma nova redução, o que coloca o Brasil diante de uma nova realidade”.
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Quedas
Das seis linhas de crédito pesquisadas, a taxa de juros da CDC-Bancos-Financiamento de veículos foi mantida em dezembro de 2016. A do cheque especial apresentou alta no período analisado pela Anefac ao ficar em 314,51% ao ano em dezembro, ante 313,63% em novembro. Maior taxa desde março de 1999.
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Outras quatro tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês, sendo elas: os juros do comércio, cartão de crédito rotativo, empréstimo pessoal bancos e empréstimo pessoal de financeiras.
Pessoa jurídica
No segmento de pessoa jurídica, ou seja, empresas das três linhas de crédito pesquisadas pela entidade, todas foram reduzidas no mês de dezembro. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,08 ponto percentual no mês (1,61 ponto percentual no ano) correspondente a uma redução de 1,66% no mês (2,12% em doze meses) passando a mesma de 4,82% ao mês (75,93% ao ano) em novembro de 2016 para 4,74% ao mês (74,32% ao ano) em dezembro de 2016, sendo esta a menor taxa de juros desde julho de 2016.
Mesmo com a queda no valor da taxa de juros, Oliveira afirma que é momento de cautela. “Mesmo assim é importante ficar atento, pois o cenário econômico atual aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência por conta da recessão econômica em curso bem como o desemprego elevado, o que aumenta igualmente o risco de novas elevações das taxas de juros aos consumidores seja pessoa física ou jurídica”, apontou em nota o especialista da Anefac.
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