Brasil Econômico

Você já pensou que a simples escolha de pagar uma compra no cartão ou no dinheiro pode alterar o Produto Interno Bruno (PIB) do seu País? Isso é possível e é uma das conclusões de um estudo realizado pela McKinsey Global Institute (MGI), empresa reconhecida por sua consultoria empresarial.

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Uso de finanças digitais pode potencializar PIB
Arquivo/Agência Brasil
Uso de finanças digitais pode potencializar PIB

Utilizar serviçoes financeiros digitais em vez do tradicional dinheiro vivo pode impulsionar o PIB dos países, principalmente dos chamados emergentes, em até US$ 3,7 trilhõs até 2025.

Só no Brasil o crescimento da utilização de meios digitais para transações bancárias, poupança, concessão de empréstimos e outros serviços resultaria em um ganho de R$ 491 bilhões ao PIB.

Democratização

É importante ter claro que, para o Brasil alcançar tais resultados,  é necessário que se democratize o acesso (simples, para muitos) à conta bancária. O dado que virá a seguir pode  chocar, mas 32% da população brasileira não tem uma. Sim, isso é uma realidade da nona maior economia do mundo.

O relatório do MGI ainda aponta a razão por tal fato. A entidade explica que em países em desenvolvimento, existe a tendência das instituições financeiras darem privilégios aos seus clientes mais ricos, de grandes negócios, por movimentarem quantias colossais de dinheiro. E o resultado disso é que, pequenas e micro empresas (PME), acabam tendo dificuldade de chegar a um simples acesso ao crédito.

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Tal dificuldade reflete ainda no cidadão comum, que busca um emprego formal. Provavelmente essa empresa, por não possuir capital o suficiente para crescer, não empregará esse cidadão, uma vez que simplesmente não tem condições de mantê-lo.

Segundo a pesquisa, a digitalização seria responsável por incluir 1,6 bilhão de pessoas no sistema financeiro. Mas, para isso acontecer é necessária uma evolução, com forte investimento em uma estrutura digital abrangente.

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Questão de gênero

Segundo o Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP) existe 7,2 bilhões de pessoas no mundo e destas, 2 bilhões não tem conta bancária. Ou seja, Pouco menos da metade das pessoas do mundo, no século XXI, não tem esse recurso no seu dia a dia. E mais da metade delas são mulheres. Em países emergentes a situação é ainda pior, nesses locais elas têm 20% menos chance de ter uma conta em relação aos homens.

Mais pobres

Ainda segundo a pesquisa realizada pela McKinsey, incoporar consideravelmente o meio digital no sistema financeiro seria ainda melhor para os países com menores PIB. Etiópia, índia e Nigéria poderiam adicionar até 12% em sua receita.

Já no Brasil, México e China, países de renda média, a porcentagem de crescimento do PIB não passaria dos 5%. Lembrando que, por terem uma receita menor, é consideravelmente mais fácil os países de baixa economia crescerem, uma vez que qualquer elevação financeira já pode somar 5% no todo.

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