O novo ano começou e pelo calendário o País terá nove feriados prolongados. Enquanto muitos comemoram, o varejo se preocupa já que os dias de recesso podem levar o comércio no País amargar perda de R$ 10,5 bilhões este ano. O montante foi apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio -SP) e representa aumento de 2% na comparação com 2016.
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O incremento de 2% na perda do futuramente deve-se ao fato que este ano haverá uma ponte a mais que no ano anterior e um destes feriados cairá em dia de semana, como o de 1º de maio, que em 2016 foi em um domingo e neste ano será na segunda-feira, explicou a entidade de varejo .
Levantamento da Fecomercio-SP apontou que o segmento de vestuário, tecido e calçados terá perda de R$ 1,1 bilhão com os feriados, montante esse que representa alta de 23% na comparação com o ano passado.
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O setor denominado como outras atividades – em que são preponderantes as operações de venda de combustíveis –, vai amargar perda de R$ 3,9 bilhões. No entanto, esse valor é 8% menor ao se comparar com o ano anterior. Os setores de bem essenciais como o de supermercados, por exemplo, terá prejuízo de R$ 3 bilhões, o que representa alta de 2% na comparação com 2016. Outro setor que terá significa perda de faturamento devido aos feriados é o de farmácias e perfumarias. A estimativa da Fecomercio-SP sinaliza que a perda será de R$ 1,6 bilhão, alta de 7% frente a 2016.
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Em nota a Fecomercio-SP afirma à necessidade de se rever as pontes, ou emendas de feriados, já que prejudica de forma significativa a economia brasileira. “Na análise, após dois anos de forte recessão econômica - com retrações de 3,8% em 2015 e 3,5% esperada para 2016 - o número excessivo de feriados e pontes deveria se revisto, a fim de contribuir no aumento da produtividade da economia”.
Custos operacionais
Uma das possíveis medidas para tentar minimizar o prejuízo com o grande número de feriados em 2017 seria trabalhar nesses feriados. Mas, segundo a Fecomercio-SP, essa medida poderia ocasionar aumento nos custos operacionais, o que prejudica as empresas. “A Federação alerta para os custos adicionais (100% para trabalhos em feriados adicionados de cerca de 37% de encargos) para a empresa, o que pode inviabilizar essa opção”.
A entidade, que defende o varejo, pede ainda que se abra dialogo maior sobre a modernização das relações trabalhistas, já que ambas as partes saem prejudicadas durante os feriados. “Para a FecomercioSP, em nome da modernização das relações trabalhistas, seria oportuno que essa questão fosse debatida, pois o excesso de proteção por meio dessa elevação de custos acaba prejudicando as empresas, que acabam optando por não abrir no feriado, como para os empregados, que reduzem seus rendimentos ao deixarem de obter as comissões sobre as vendas”, finalizou a entidade.
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