Pesquisa desenvolvida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apontou que durante o mês de novembro de 2016, houve um aumento de cerca de 0,35% no custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Em um período de 12 meses, o crescimento foi de 6,12% e 7,15%, resultados considerados amenos se comparados a mesma temporada de 2015, que registraram variações de 10,49% e 11,30%.
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De acordo com a FecomercioSP, os resultados obtidos, referentes a alta do custo de vida em São Paulo, foram influenciados pelo grupo transportes, o que já ocorre há dois meses consecutivos. Em novembro, o preço dos transportes aumentou cerca de 0,95%, atingindo 3% no acumulado do ano e 0,95% no se que diz respeito aos últimos 12 meses. Especula-se que essa alta tenha sido causada por multas de transito, que também aumentaram em 66%. A habilitação também contribui para esse aumento, registrando variação de 0,58% em outubro e acumulando alta de 5,31%%, seguida de 5,52%, em doze meses.
O grupo saúde também obteve alta nos preços, com 0,51%, assim como comunicação. despesas pessoais e vestuário registraram elevação nos preços com 0,36% e 0,26%, respectivamente. Em contrapartida, grupos como educação, alimentação e bebidas mantiveram-se estáveis, com 0,01% e -0,09%, enquanto artigos do lar reduziu 1,08%.
A pesquisa também mostrou que famílias das classes A e B sentiram os maiores impactos do aumento nos preços, que chegaram a registrar 0,34% e 0,50% em novembro. Já as classes D e E permaneceram estáveis com baixas variações de 0,03% e -0,03%.
Preços
Também em novembro desse ano, o Índice de Preços do Varejo (IPV) caiu 0,05%, sendo a segunda queda do indicador desde agosto de 2014. No mesmo período de 2015, as variações eram de 9,14% – ao longo do ano – e 9,74% em doze meses, evidenciando o menor impacto sofrido em 2016.
Artigos de residência, alimentos e bebidas atuaram diretamente no resultado final do índice, com decréscimos de 1,16% e 0,32%, respectivamente. O segmento de despesas pessoais também influenciou no IPV, porém de forma menos significativa, com uma variação negativa de 0,07%.
Seguindo uma ordem de menor para maior influência, estão os grupos: educação, com 0,09%, habitação, com 0,19%, vestuário, saúde e cuidados pessoais e transportes, com 0,26%, 0,29% e 0,24%, sendo a classe D, a maior beneficiada com as quedas dos preços registradas pelo IPV.
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IPS
O Índice de Preços e Serviços (IPS) preservou a tendência de aceleração favorável nos preços, com alta de 0,76% em novembro. Na mesma temporada o IPS registrou elevação de 6,20% no ano e 7,17%, em doze meses.
Foram oito segmentos avaliados pelo IPS, sendo artigos de residência o único a apontar queda de -0,10%. O grupo educação permaneceu a mesma variação de preço, enquanto transportes, habilitação, saúde, cuidados pessoais, alimentos e bebidas, comunicação e despesas Pessoais tiveram aumentos de 2,22%, 0,70%, 0,79%, 0,25%, 0,51% e 0,59%, respectivamente.
De acordo com a FecomercioSP, a desaceleração na alta de preços de alimentação e bebidas contribui fortemente para a concentração da inflação, garantindo um momento de alívio para os consumidores e no custo de vida. Com um maior controle dos preços, estima-se a queda na trajetória da taxa de juros, o que pode auxiliar na consolidação do processo de recuperação da economia.