Dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) divulgados nesta quarta-feira (28) apontam que o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) teve alta em dezembro, sendo a segunda elevação seguida no índice. O indicador passou de 126,4 em novembro para 136,4 pontos em dezembro.
+ Redução de juros não será liderada por bancos públicos, diz presidente do BB
Segundo o Ibre da FGV a alta de 10 pontos no período analisado fez com que o indicador atingisse o maior nível desde julho do ano passado. O economista da FGV, Pedro Costa Ferreira, afirmou em nota que a reversão da tendência de queda observada entre julho e outubro confirma "o retorno a um período de elevada incerteza econômica no Brasil”.
Em contraponto, Ferreira afirmou que apesar do aumento de 10 pontos no indicador ser expressivo, é necessário evidenciar a alta volatilidade que o indicador está sujeito, já que ele vem sendo constantemente influenciado pela instabilidade política pela qual o País tem passado nos último ano.
Influência da mídia
O Ibre da FGV afirmou ainda que o componente que mais contribuiu para a alta do Indicador de Incerteza da Economia no país, entre novembro e dezembro deste ano foi o Indicador de Incerteza da Economia Mídia ( IIE-Br Mídia).
+ Deficit primário do setor público atinge R$39,1 bilhões em novembro, diz BC
Com contribuição de 8,7 pontos na composição do indicador Brasil, o IIE-Br refletiu “o aumento expressivo no número de notícias com menção à incerteza em matérias sobre economia na imprensa brasileira”.
Já o componente IIE-Br Expectativa contribuiu com apenas 1,3 ponto para o aumento do indicador geral em dezembro, enquanto o IIE-Br Mercado manteve-se estável no mês, na comparação de um mês para o outro.
Outros indicadores
Outro indicador que tem mostrado certa estabilidade é o índice de Confiança de Serviços (ICS) também medido pela FGV. Em sua terceira queda consecutiva, ele teve recuo de 1,8 ponto, indo para 75,7 pontos em dezembro. Esse foi o menor nível registrado pelo ICS desde junho, contendo perdas de 4,9 pontos desde setembro de 2016.
No setor de serviços, 13 atividades foram pesquisadas, sendo que nove delas registraram quedas da confiança em dezembro. O Índice de Situação Atual (ISA-S) passou para 70,2 pontos, apresentando uma queda de 0,7 ponto. Já o Índice de Expectativas (IE-S) obteve recuo de 2,9 pontos, indo para 81,6 pontos.
*Com informações da Agência Brasil
+ Índice de Confiança de Serviços recua 1,8 ponto em dezembro, diz FGV