Brasil Econômico

Balanço divulgado nesta terça-feira (27) pelo Banco Central (BC) apontou que o deficit primário do setor público chegou a R$ 39,1 bilhões em novembro. Já o deficit do Governo Central atingiu R$ 39,9 bilhões. Em contraponto ao resultado negativo, os governos regionais e as empresas estatais brasileiras, apresentaram superavit primário de R$ 421 milhões e R$ 314 milhões, respectivamente.

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Deficit das contas públicas chega a R$ 39,9 bilhões no ano
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Deficit das contas públicas chega a R$ 39,9 bilhões no ano

Neste ano, o deficit no setor público atingiu R$ 85,1 bilhões, montante esse com relativa alta ao se comparar com o mesmo período de 2015, quando o deficit de R$ 39,5 bilhões. Em 12 meses, o deficit primário no País foi de R$ 156,8 bilhões, ou seja, 2,50% do Produto Interno Bruto (PIB). O montante representa alta de 0,30 ponto percentual (p.p) do PIB.

Dívida

A dívida líquida do setor público alcançou R$ 2.744,1 bilhões, valor esse que representa 43,8% do PIB no mês de novembro, tendo alta de 0,1 p.p. do PIB em relação ao mês de outubro.

No ano, houve elevação de 8,2 p.p. na relação dívida líquida e PIB, decorrente do impacto da incorporação de juros nominais (aumento de 5,9 p.p.), da valorização cambial de 13% no período (aumento de 2,5 p.p.), do deficit primário (aumento de 1,4 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 1,5 p.p.) e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,1 p.p.).

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A Dívida Bruta do Governo Geral  – que inclui o Governo Federal, o INSS, governos estaduais e governos municipais –, alcançou R$ 4.418,4 bilhões em novembro, ou seja, 70,5% do PIB, alta de 1,0 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

Juros

Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, alcançaram R$ 41,3 bilhões em novembro, comparativamente a R$ 36,2 bilhões em outubro. Contribuiu para essa elevação o resultado desfavorável nas operações de swap cambial no mês, que resultou na perda de R$3,9 bilhões, ante resultado favorável no mês anterior quando houve ganho de R$ 2,4 bilhões.

No acumulado no ano, os juros nominais totalizaram R$ 372,5 bilhões, comparativamente a R$ 449,7 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais atingiram R$ 424,6 bilhões, que representa 6,78% do PIB, elevando-se 0,25 p.p. do PIB em relação ao observado em outubro.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 80,4 bilhões em novembro. No ano, o déficit nominal alcançou R$ 457,6 bilhões, comparativamente a déficit de R$ 489,2 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 581,4 bilhões (9,28% do PIB), elevando-se 0,55 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em outubro.

O deficit nominal do mês foi reflexo das expansões de R$ 68 bilhões na dívida mobiliária, de R$ 14,3 bilhões na dívida bancária líquida e de R$ 938 milhões no financiamento externo líquido, contrabalançadas, parcialmente, pela redução de R$ 2,8 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.

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