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Comércio registra terceiro ano de recuo nas vendas a prazo, com queda de 1,46%. Apesar do recuo, a queda foi significantemente menor do que a do ano de 2015, diz SPC Brasil
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Comércio registra terceiro ano de recuo nas vendas a prazo, com queda de 1,46%. Apesar do recuo, a queda foi significantemente menor do que a do ano de 2015, diz SPC Brasil

O consumidor brasileiro figiu das compras parceladas neste Natal, conforme apurou o indicador do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). As vendas a prazo tiveram queda de  1,46%, na semana que antecedeu a data sazonal. De acordo com a SPC Brasil, esse é o terceiro ano consecutivo em que as vendas parceladas registram um período desfavorável,  sendo que 2015 foi o ano com pior resultado, ao amargar queda de 15,84% no índice de compras parceladas. 

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“O resultado negativo já era aguardado pelos lojistas e reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo observado ao longo de 2016, em virtude do cenário econômico desfavorável, com crédito mais caro, inflação elevada, aumento do desemprego e baixa confiança do consumidor para se endividar. Ainda assim, vemos uma forte desaceleração na queda do volume de vendas, indicando que os piores momentos da crise ficaram para trás”, informou em nota o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

Balanço

O comportamento de baixa de outras datas comemorativas do ano se repetiram nas consultas para vendas a prazo no Natal, sendo ela, a com menor recuo se comparada a todas as outras datas sazonais. A  queda nas intenções de vendas parceladas também se repetiu em datas especificas, como: o Dia das Mães, com  queda de 16,40%; o Dias dos Namorados com  recuo 15,23%; o Dia dos Pais com  retração de 7,15% e o Dia das Crianças, que registrou queda de 9,02% no número de compras parceladas.
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De acordo com o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a crise econômica que afetou o mercado, ocasionou na queda no volume de vendas parceladas. “O comércio vendeu menos a prazo, mas não significa que o brasileiro deixou de presentear. Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso optaram por presentes mais baratos e geralmente e pagos à vista, as famosas 'lembrancinhas'. Com o acesso ao crédito mais difícil, juros, inflação e desemprego elevados, o poder de compras do brasileiro ficou muito mais limitado para compras caras”.

Criatividade 

O período abrangente ao Natal é considerado pelos lojistas o mais importante no que se diz respeito ao faturamento e ao volume de vendas. Pensando nisso, a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, desenvolveu uma avaliação que direciona um bom índice de vendas nessa última semana de 2016 e em janeiro do próximo ano, de acordo com a criatividade dos lojistas para atraírem mais clientes. "A expectativa é de que as promoções reaqueçam o mercado até o final de janeiro. Com os tradicionais descontos, o comerciante tem a oportunidade de emplacar novas vendas para melhorar o fraco desempenho no Natal”, diz Marcella.

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