Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (26) pelo Banco Central (BC) reviu para baixo a perspectiva para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Segundo as instituições financeiras consultadas pelo BC, a retração para este ano deve chegar a 3,49%. No informativo da última semana a perspectiva era de queda de 3,48%.
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Enquanto o PIB deste ano deve ter um tombo de 3,49% no fechamento de 2016, para 2017 a perspectiva é positiva, mas com viés de baixa, após os analistas reverem o crescimento do PIB de 0,58% para 0,50% no ano que vem, conforme análise do Boletim Focus .
IPCA
A inflação também apresentou queda segundo o Boletim Focus, passando da perspectiva de um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 6,49% para 6,4% este ano. A estimativa apresenta a sétima queda consecutiva no País. Após mais de um ano, essa é a primeira vez que o mercado financeiro estima inflação dentro da meta máxima, que é de 6,5%. A meta do BC para inflação em 2016 é de 4,5%, sendo que a instituição dá tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos do indicador. Desta forma, por mais que ela fique acima dos 4,5%, a inflação, ao que tudo indica, ficará dentro da meta este ano.
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O resultado é positivo ao se comparar com 2015, período em que a inflação fechou o ano acima de 10%, sendo o maior resultado do indicador desde 2002 no País.
Para 2017 as perspectivas para inflação sinalizam para o controle do indicador. As instituições financeiras ouvidas para a produção do Boletim Focus aponta que o IPCA deve ser de 4,85%, índice esse bem mais próxima meta de 4,5%. Da semana passada para cá, a perspectiva passou de 4,9% para 4,85%, informou o Banco Central.
Um alento nesse cenário ainda definido, segundo os analistas consultados pelo Banco Central para a produção do Boletim Focus, é a taxa básica de juros, Selic. A estimativa é que a Selic chegue a 10,50% no final de 2017. Atualmente ela é de 13,75, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter reduzido a taxa básica de juros por duas vezes consecutivas. Vale ressaltar que a redução veio após mais de quatro anos de Selic com viés de alta no País.
A taxa de câmbio deve fechar 2016 em R$ 3,37, queda de R$ 0,01 em relação às projeções da última semana. Para o fechamento de 2017, a taxa subiu de R$ 3,49 para R$ 3,50.
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