Dados do Banco Central (BC) divulgados nesta sexta-feira (23) apontam que a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito bateu recorde, em novembro, ao atingir 482,1% ao ano. O BC informou ainda que a taxa teve alta de 6,3 pontos percentuais ao se comparar com o mês de setembro e resultou no maior índice da série histórica iniciada em março de 2011.
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Medida anunciada na quinta-feira (22) pela equipe econômica do governo estipula a limitação da permanência do cliente no rotativo – medida em que ele paga menos que o valor total da fatura no mês– seja de 30 dias. Segundo o governo, a medida, quando implantada, deve reduzir pela metade a taxa de juros do cartão de crédito já a partir do primeiro trimestre de 2017, informou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Cheque especial
A taxa de juros do cheque especial também apresentou um novo recorde ao atingir 330,7% ao ano, informou o Banco Central. Essa é a maior taxa da série histórica iniciada em julho de 1994. Já a taxa média de juros para as famílias brasileiras apresentou estabilidade, ao atingir 73,6% ao ano, em novembro, comparada a outubro.
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A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual para 6,1% no período analisado pelo Banco Central . A taxa de inadimplência das empresas caiu 0,2 ponto percentual para 5,4%. Já a taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas caiu 0,5 ponto percentual para 29,9% ao ano. Os dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.
Operações de crédito
O saldo das operações de crédito do sistema financeiro totalizou R$3.104 bilhões em novembro, com alta mensal de 0,3% e retração de 2,3% em doze meses As operações com pessoas físicas totalizaram R$1.550 bilhões, acréscimos de 0,7% no mês e de 3,2% em doze meses, enquanto na carteira de pessoas jurídicas o saldo de R$1.554 bilhões permaneceu estável no mês, com contração de 7,2% em doze meses. A relação crédito e Produto Interno Bruto (PIB) recuou para 49,5% – 49,7% no mês anterior e 53,1% em novembro do ano passado, apurou o balanço do Banco Central.
* Com informações da Agência Brasil
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