A intenção de financiamento caiu 4,1% em dezembro na comparação com o mês anterior, passando de 18,4 para 17,6 pontos. Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apenas 8,2% dos consumidores paulistanos estão dispostos a tomar crédito nos próximos três meses. O índice ficou abaixo dos 10,1% da média da série histórica.

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Apesar da queda, a comparação com a intenção de financiamento no mesmo período do ano passado apresentou crescimento de 4,4%. "Em dezembro, nem mesmo a preparação para o Natal e o pagamento do 13º salário mudaram a intenção de contrair financiamentos por parte dos consumidores, que normalmente se mostra mais elevada nesse período do ano. Neste mês, o que ocorreu foi exatamente o oposto", disse, em nota, a FecomercioSP.

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Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
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O índice que mede a segurança de crédito caiu 2,3% em dezembro, na comparação com o mês anterior, passando de 80,2 para 78,4 pontos. Na comparação com o mesmo período de 2015, houve alta de 2,9%, quando o índice registrava 76,2 pontos. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, o resultado caiu "devido à redução da poupança dos consumidores não endividados, cujo índice recuou 10,3% na comparação com novembro.

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De acordo com a entidade, o ano de 2017 exigirá cautela para os consumidores e financiadores. "Apesar da expectativa de uma retomada econômica, o desemprego permanecerá elevado. Nesse final de ano, mesmo com o pagamento do 13º salário, as famílias têm optado por quitar dívidas em vez de fazer compras de Natal".

Aplicações

A poupança continua sendo a aplicação preferida dos paulistanos, segundo a FecomercioSP. Em dezembro, 60,5% das famílias afirmaram que a poupança foi o principal destino dos seus recursos, recuo de 1 ponto porcentual (p.p.) na comparação com novembro. Em dezembro de 2015, essa proporção era de 73,1%.

Assim como a intenção de financiamento, a poupança perdeu espaço ao longo dos últimos meses tanto para a renda fixa quanto para a previdência privada, devido aos juros nominais de quase 14% praticados no País e de uma população em fase de envelhecimento, segundo a entidade. A proporção de aplicadores em renda fixa  passou de 21,8% em novembro para 22% em dezembro. No mesmo mês de 2015, a proporção era de 11,6%. Já a previdência privada passou dos 7,8% em novembro para 8,6%, em dezembro.

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