Inflação deve ficar dentro da meta este ano, afirma o Banco Central

Ainda segundo projeções do Banco Central, em 2017 a estimativa da inflação é de 4,4% e em 2018, a expectativa é que ela seja de 3,6% no País

Segundo Relatório de Inflação do quarto trimestre divulgado nesta quinta-feira (22) pelo  Banco Central (BC),  a inflação deve ficar dentro da meta este ano e com perspectiva de redução em 2017. A projeção do BC para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 6,5%, índice esse que é o limite da meta estipulado para 2016.

+ Prévia da inflação oficial é a menor desde dezembro de 1998, aponta IBGE

Foto: EBC
Inflação deve ficar dentro do teto da meta este ano, estima o Banco Central

+ A estimativa divulgada apontou queda de 0,1 ponto percentual na comparação com o índice de setembro, que foi de 6,6%. Para 2017 o Banco Central acredita que a inflação fique em 4,4%, Já em 2018, a expectativa é inflação ainda mais baixa, em 3,6%. A probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior da meta em 2016 é estimada em 45% e, em 2017, de 12%. Para 2018, a probabilidade está em torno de 4%, segundo dados do relatório.

A expectativa do mercado financeiro para o IPCA 2016 – baseados no cenário de Selic em 13,75% e dólar em R$ 3,40 – é de inflação no teto da meta em 6,5% e em 2017 em 4,7%. . Em 2018, a projeção é que a inflação ficará em 4,5%.

+ Confira os acontecimentos que marcaram a economia brasileira em 2016

PIB

Ainda segundo o BC, as projeções fazem parte do cenário de referência, em que a instituição trabalha coma manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano e o câmbio em R$ 3,40. A mostrar leve otimismo, o Banco Central estima que em 2017 o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 0,8%, indicador mais baixo que o anterior, quando a estimativa era de 1,3%.

Segundo o relatório, a nova projeção para 2017 é “consistente com a probabilidade maior de que a retomada da atividade econômica seja mais demorada e gradual que a antecipada previamente”.

Para o resultado do PIB de 2016, o Banco Central apontou uma redução maior do que a projetada anteriormente, passando de queda de 30,3% para retração de 3,4%.

Taxa de juros

Tanto o Banco Central,  quanto o mercado financeiro sinalizam redução da taxa básica de juros – Selic, logo no inicio de 2017, durante a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai ocorrer na segunda semana de janeiro.

+ Banco Central afirma haver mais espaço para corte da Selic