Muitos pessoas preocupam em conseguir um dinheiro extra ao final do mês ou, no mínimo, manter um valor investido por segurança. Um dos modelos mais usados pelos brasileiros, a poupança, não traz um rendimento satisfatório e, por isso, não é a opção mais recomendada entre especialistas. Para conseguir um retorno maior, é importante escolher, de forma correta, uma das opções de investimentos disponíveis.
Para o educador financeiro, Robinson Trovó, é preciso tirar o dinheiro da poupança e colocá-lo em outros modos de investimentos . "Existem vários tipos de renda fixa que rendem muito mais que a poupança e oferecem a mesma segurança, o que derruba o mito de que investir é perigoso". O especialista sugere a quatro formas de investir em renda fixa: Certificado de Depósito Bancário (CDB) , LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e Tesouro Direto.
Segundo o especialista, o primeiro passo para escolher um tipo de investimento é saber que a poupança rende 70% da Selic, a taxa básica de juros dos bancos do País. "No fim das contas, a poupança rende menos que a inflação", lembra. "Por isso, ao ser retirado, o dinheiro vai valer menos do que valia quando você o colocou lá".
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O CDB é uma espécie de empréstimo que o consumidor faz ao banco e pode render média de 80% a 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), quando é utilizado o modelo pós-fixado, e trabalha com valores mínimos de, em média, R$ 5 mil. A diferença do LCI e do LCA se dá, principalmente, pelo uso do dinheiro investido, que será destinado ao financiamento de projetos imobiliários ou agronômicos, respectivamente. O modelo trabalha com valores acima dos R$ 30 mil e, por essa razão são menos comuns.
O Tesouro Direto é uma alternativa para quem não tem grandes quantias para investir. Nesse modelo, você empresta dinheiro ao governo e é possível fazer investimentos de apenas R$ 100. Confira cinco fatores que devem ser levados em consideração por quem deseja investir em renda fixa:
1 - Pequenos investimentos
Apesar de alguns modelos exigirem aplicações de valores mais altos, o Tesouro Direto é uma opção acessível para todos os bolsos. "Quem quer ter o dinheiro rendendo mais que a inflaçnao pode começar pelo Tesouro Direto", diz Trovó. O segredo é criar um pensamento de investidor. "Conforme você for acumulando capital, pode começar a diversificar onde aplica o dinheiro".
2 - Segurança
Para o educador financeiro, muitas pessoas deixam de investir em outros modelos para manter uma conta poupança por terem medo de perder dinheiro. Segundo ele, esta ideia é "um mito, pois estes investimentos são tão seguros quanto a poupança", lembra. "O medo é apenas algo cultural em algumas pessoas".
3 - Aplicações para diversos períodos e bolsos
Trovó lembra que o rendimento é maior se o dinheiro permanecer aplicado por mais tempo. Por isso, é importante considerar o valor à disposição e quanto tempo será possível ficar sem acesso a ele. "Entre CDB, LCI, LCA e Tesouro Direto, cabe a cada um escolher o melhor conforme sua realidade", diz.
4 - Possibilidade de variar modelos
Em muitas situações, as pessoas têm uma parte do dinheiro investido em LCI, outra em CDB e outra em Tesouro Direto, por exemplo. O educador financeiro diz que o investidor pode mudar as aplicações conforme perceber mudanças positivas em cada um. "Como o Tesouro Direto rende o valor da inflaçnao somado a 5% de juros, ele pode ser mais vantajoso caso ocorra uma diminuição nos índices do CDI ou um aumento muito grande da inflação", explica.
5 - Qualquer um pode fazer
O especialista afirma que qualquer pessoa pode fazer investimentos sem muita dificuldade. "Não é preciso estudar números ou entender de cálculos, basta ter vontade e pegar as informações necessárias com o banco ou a instituição financeira", lembra.